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São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

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OCEANOGRAFIA

Expedição busca intercâmbio com a UFRJ

Veleiro russo avalia concentração de clorofila no ambiente marinho

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
Veleiro Nadezhda (esq.) atracado na Escola Naval, ao lado do Cisne Branco, da Marinha do Brasil


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Sondar a concentração de clorofila -substância fundamental para a fotossíntese- nos mares do planeta é uma das principais missões do veleiro Nadezhda, da Universidade Marítima de Vladivostok, Rússia, que aportou ontem pela manhã na baía da Guanabara.
Segundo Oleg Bukin, cientista-chefe da expedição, com os dados coletados será possível mapear as condições ecológicas dos oceanos. O cientista rejeita a tese de que elas estejam se deteriorando por ação do efeito estufa.
A passagem do Nadezhda pelo Rio poderá também servir para estreitar a cooperação entre cientistas russos e brasileiros. Essa é a expectativa de Fernando Amorim, professor de engenharia naval e oceânica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador do programa interdisciplinar UFRJ-Mar.
"Para eles, essa viagem tem o objetivo de estabelecer intercâmbios com outros grupos de pesquisa no mundo", disse Amorim.
De acordo com o professor, um grupo de pesquisadores da UFRJ fará hoje uma visita ao veleiro. Amanhã, será a vez dos cientistas russos irem ao campus da ilha do Fundão (zona norte do Rio).
Construído em 1991 e avaliado em cerca de R$ 45 milhões, o Nadezhda ("esperança", em português) ficará no Rio até domingo, quando parte para as ilhas Malvinas. A expedição, que começou em 25 de janeiro, deverá durar 14 meses. Das 166 pessoas a bordo, 98 são estudantes universitários.
Um veleiro russo de mesmo nome e também em viagem de circunavegação já esteve no Brasil, em Santa Catarina, há 200 anos.
(HENRI CARRIÈRES)


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