|
Texto Anterior | Índice
Brasileira influenciou carreira
DA REPORTAGEM LOCAL
Hernando del Portillo começou
a trabalhar com malária pelas
mãos da pesquisadora brasileira
Ruth Nussenzweig, professora da
Escola de Medicina da Universidade de Nova York.
Nascido na Colômbia, onde
cursou biologia, foi para os EUA
fazer mestrado em biologia marinha. Seu doutorado foi em parasitologia, pela Universidade da
Geórgia, trabalhando com Schistosoma, o agente causal da esquistossomose.
"Foi lá que, após assistir a uma
palestra da professora Ruth Nussenzweig, perguntei se ela me
aceitava como pós-doutorando. E
ela concordou", diz Portillo.
O pesquisador conta que foi
Nussenzweig quem o convenceu
a trabalhar com o Plasmodium
vivax. Portillo foi para o Instituto
Pasteur (França), onde isolou o
primeiro gene do estágio sexual
do parasita da malária.
Em 1990, Luiz Pereira da Silva,
pesquisador brasileiro que na
época também estava no Instituto Pasteur, aconselhou Portillo a
não voltar para a Colômbia e ir
para o Brasil. Foi o que o pesquisador fez, começando sua carreira de professor na USP em 1991.
O trabalho que sai hoje na "Nature" deverá ser o último que
Portillo assina como primeiro autor. Pelas regras do mundo científico, o primeiro autor de um artigo é aquela pessoa que mais contribuiu com o trabalho duro de
laboratório. O último autor é o
chefe do grupo. De agora em
diante, os demais trabalhos de
Portillo deverão ter sempre seu
nome em último lugar.
(IG)
Texto Anterior: Saiba mais: Parasita atinge 35 milhões de pessoas por ano Índice
|