São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2001

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Brasileira influenciou carreira

DA REPORTAGEM LOCAL

Hernando del Portillo começou a trabalhar com malária pelas mãos da pesquisadora brasileira Ruth Nussenzweig, professora da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.
Nascido na Colômbia, onde cursou biologia, foi para os EUA fazer mestrado em biologia marinha. Seu doutorado foi em parasitologia, pela Universidade da Geórgia, trabalhando com Schistosoma, o agente causal da esquistossomose.
"Foi lá que, após assistir a uma palestra da professora Ruth Nussenzweig, perguntei se ela me aceitava como pós-doutorando. E ela concordou", diz Portillo.
O pesquisador conta que foi Nussenzweig quem o convenceu a trabalhar com o Plasmodium vivax. Portillo foi para o Instituto Pasteur (França), onde isolou o primeiro gene do estágio sexual do parasita da malária.
Em 1990, Luiz Pereira da Silva, pesquisador brasileiro que na época também estava no Instituto Pasteur, aconselhou Portillo a não voltar para a Colômbia e ir para o Brasil. Foi o que o pesquisador fez, começando sua carreira de professor na USP em 1991.
O trabalho que sai hoje na "Nature" deverá ser o último que Portillo assina como primeiro autor. Pelas regras do mundo científico, o primeiro autor de um artigo é aquela pessoa que mais contribuiu com o trabalho duro de laboratório. O último autor é o chefe do grupo. De agora em diante, os demais trabalhos de Portillo deverão ter sempre seu nome em último lugar. (IG)


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