São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Plágio na USP foi "menos grave", diz líder de físicos

Cientista minimiza caso seguido de intimidação

DO ENVIADO ESPECIAL A BELÉM

A SPF (Sociedade Brasileira de Física) deve emitir em alguns dias um comunicado minimizando a gravidade do caso de plágio que envolve o diretor do Instituto de Física da USP, Alejandro Szanto de Toledo.
Segundo Alaor Chaves, da Universidade Federal de Minas Gerais -presidente da SBF que assumiu ontem o cargo- "houve um estardalhaço exagerado sobre o caso". O fato de não ter havido apropriação de resultados científicos, e sim "cópias de trechos de alguns trabalhos sem a correta citação" tornam o episódio menos condenável. "É plágio também, mas é menos grave", disse Chaves à Folha.
O conselho da SBF discutiu o assunto ontem a portas fechadas, em Belém. Nos próximos dias, a entidade distribuirá carta pública detalhando sua posição sobre o caso. "Com esse comunicado, daremos o caso por encerrado", afirmou Chaves.
A acusação contra Szanto, revelada pela Folha em 29 de junho, partiu de físicos da própria USP. Um deles é Mahir Hussein, autor de um dos artigos que foram fontes do plágio. Vários parágrafos na introdução do estudo e na análise de dados têm coincidência literal com outros trabalhos.
Colegas dizem que Szanto tentou intimidá-los com contradenúncias para que o caso não fosse divulgado. O diretor exibiu em uma reunião um artigo assinado por Hussein, também com trechos copiados.
A reitoria da USP ainda investiga o caso, e Szanto permanece no cargo de diretor. (EG)


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