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Plágio na USP foi "menos grave", diz líder de físicos
Cientista minimiza caso seguido de intimidação
DO ENVIADO ESPECIAL A BELÉM
A SPF (Sociedade Brasileira
de Física) deve emitir em alguns dias um comunicado minimizando a gravidade do caso
de plágio que envolve o diretor
do Instituto de Física da USP,
Alejandro Szanto de Toledo.
Segundo Alaor Chaves, da
Universidade Federal de Minas
Gerais -presidente da SBF que
assumiu ontem o cargo- "houve um estardalhaço exagerado
sobre o caso". O fato de não ter
havido apropriação de resultados científicos, e sim "cópias de
trechos de alguns trabalhos
sem a correta citação" tornam o
episódio menos condenável. "É
plágio também, mas é menos
grave", disse Chaves à Folha.
O conselho da SBF discutiu o
assunto ontem a portas fechadas, em Belém. Nos próximos
dias, a entidade distribuirá carta pública detalhando sua posição sobre o caso. "Com esse comunicado, daremos o caso por
encerrado", afirmou Chaves.
A acusação contra Szanto,
revelada pela Folha em 29 de
junho, partiu de físicos da própria USP. Um deles é Mahir
Hussein, autor de um dos artigos que foram fontes do plágio.
Vários parágrafos na introdução do estudo e na análise de
dados têm coincidência literal
com outros trabalhos.
Colegas dizem que Szanto
tentou intimidá-los com contradenúncias para que o caso
não fosse divulgado. O diretor
exibiu em uma reunião um artigo assinado por Hussein,
também com trechos copiados.
A reitoria da USP ainda investiga o caso, e Szanto permanece no cargo de diretor.
(EG)
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