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CIÊNCIA
Estudo com proteínas
dá Nobel de Medicina
Reuters
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O biólogo alemão Günter Blobel, 63, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 1999 |
das agências internacionais
O biólogo alemão Günter Blobel, 63, é o vencedor do Prêmio
Nobel de Medicina de 1999 por ter
descoberto como as proteínas se
movem dentro e fora das células.
Seu estudo pode ajudar na criação de drogas que combatam
doenças hereditárias ligadas a esse defeito na movimentação das
proteínas, como a fibrose cística
(veja quadro ao lado).
Segundo o Instituto Karolinska,
centro sueco de pesquisa médica
que participa da seleção do Nobel,
Blobel foi escolhido pela descoberta de que "proteínas possuem
sinais intrínsecos que governam
seu transporte e sua localização
na célula".
Blobel, que estuda biologia celular na Universidade Rockefeller,
em Nova York, nasceu em 1936
em Waltersdorf, região da Alemanha que agora pertence à Polônia.
O pesquisador mudou-se definitivamente para os EUA no início da década de 60. Sua teoria do
transporte de proteínas foi formulada pela primeira vez em 1971
e seus princípios gerais foram divulgados em 1980.
"Suas descobertas são usadas
por cientistas em todo o mundo e
por indústrias farmacêuticas",
disse Bertil Daneholt, membro do
Comitê Nobel.
Essa mesma área de pesquisa já
garantiu outro Prêmio Nobel para a Universidade Rockefeller, em
1974. George Palade, com a ajuda
de pesquisadores belgas, estudou
a estrutura celular e os princípios
de transporte de proteínas recém-produzidas. Na época, Blobel colaborou com a equipe.
Predomínio dos EUA
O prêmio dado a Blobel pode
ser considerado mais uma evidência do poder das instituições
de pesquisa norte-americanas.
Das 11 últimas premiações do
Nobel de Medicina, em 9 estavam
envolvidos pesquisadores que
atuam em centros nos EUA.
Blobel deverá receber o prêmio
em Estocolmo, na Suécia, e um
cheque de 7,9 milhões de coroas
suecas, o equivalente a cerca de
US$ 960 mil.
A premiação ocorrerá em 10 de
dezembro, dia do aniversário da
morte do industrial sueco Alfred
Nobel (1833-1896).
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