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Cientista deve doar prêmio
da "Reuters"
O biólogo Günter Blobel deverá
doar grande parte de seu prêmio
de US$ 960 mil para ajudar na restauração de Dresden, cidade alemã destruída por bombardeios
aliados na Segunda Guerra Mundial. É o que afirmou ontem o
cientista, ao saber que recebera o
Prêmio Nobel de Medicina.
"Vou doar parte à Frauenkirche
(Igreja de Nossa Senhora) de
Dresden e parte à reconstrução da
Sinagoga de Dresden", disse Blobel, em entrevista na Universidade Rockefeller, em Nova York.
"Eu vi a destruição da cidade a
40 km de distância e a vi sendo
atacada alguns dias antes. Aquilo
me deixou muito impressionado
porque eu tinha apenas 8 anos e
meio", afirmou o pesquisador,
que se naturalizou nos Estados
Unidos no início da década de 60.
Em 1945, aviões britânicos e
norte-americanos destruíram
cerca de 80% da cidade, considerada, na época, um centro europeu de arte e arquitetura.
Depois da reunificação alemã,
no início dos anos 90, Blobel fundou a organização não-governamental Amigos de Dresden, que
apóia a reconstrução, restauração
e preservação de Dresden.
O pesquisador achou que estava
sendo alvo de uma brincadeira de
seu colaboradores quando recebeu a notícia de que ele havia ganho o Nobel.
"Ao receber a ligação da Suécia
hoje, às 5h, pensei que se tratasse
de um trote", disse Blobel. Só aos
poucos ele percebeu que a notícia
era verdadeira.
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