Associated Press

Os cosmonautas russos Serguei Zaliotin (à dir.) e Alexander Kaleri a bordo da estação espacial Mir, reativada após oito meses

da "Reuters"

O presidente russo em exercício, Vladimir Putin, disse ontem que deverá manter as verbas para o funcionamento da estação espacial Mir, sem deixar de lado o projeto de construção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A Mir, em operação há 14 anos, deveria ter sido desativada neste ano. No entanto, verbas privadas internacionais, de cerca de US$ 20 milhões, possibilitaram uma nova missão à estação -enviada semana passada.
"Nós cumpriremos nossa colaboração com a ISS", disse Putin, durante um evento para celebrar o Dia do Cosmonauta. "Mas não devemos nos esquecer da indústria nacional. Ela tem de ser a prioridade."
O Dia do Cosmonauta marca o aniversário do vôo de Yuri Gagarin ao redor da Terra, em 1961 -a primeira vez que um homem chegou ao espaço.
A estação russa estava desabitada desde agosto de 99. As verbas para sua reativação vieram de um grupo internacional de investidores chamado MirCorp. O grupo já anunciou que planeja investir US$ 200 milhões na estação para transformá-la em um hotel espacial.
Os EUA já expressaram sua preocupação de que a decisão russa de prolongar a vida da Mir atrase mais a construção da ISS.
O programa original da ISS previa sua conclusão para 2002. Devido a problemas orçamentários da Rússia, o segundo maior parceiro do projeto (depois dos EUA), o processo atrasou.
A previsão é que a ISS esteja funcionando por completo em 2004. Seu custo total está estimado em US$ 60 bilhões.


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