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Comunidade científica está unida
sobre transgênicos, afirma SBPC
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
"Não existe racha na comunidade científica em relação aos organismos geneticamente modificados", afirmou ontem a presidente da SBPC, Glaci Zancan.
Zancan se referia ao documento
assinado pela ABC (Academia
Brasileira de Ciências) e à nota liberada pelo conselho da SBPC.
Zancan afirmou que ninguém
pode ser contra a técnica da transgenia. Mas disse que, para a liberação de plantas geneticamente
modificadas no ambiente, os estudos de impacto ambiental devem ser feitos em cada local, pois
as plantas respondem de forma
diferente às variações ambientais.
"O documento da ABC é mais
universal, mas faz uma série de recomendações sobre esse ponto,
assim como a nota da SBPC, que
salienta a necessidade de estudos
locais", esclareceu Zancan.
A presidente da SBPC salientou
que a rotulagem (informação sobre os ingredientes contidos nos
alimentos) não deve se restringir
apenas aos produtos com ingredientes geneticamente modificados, mas deve constar, de forma
detalhada, em todos os produtos,
para que a população possa saber
o que está comendo.
Produção de proteínas
Ontem à tarde, no simpósio
"Impactos Sócio-Econômicos de
Organismos Geneticamente Modificados", pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresentaram plantas transgênicas como
fonte de produção de proteínas de
interesse para a saúde humana.
O pesquisador Elíbio Rech falou
dos trabalhos de pesquisa em andamento na instituição, em conjunto com a Unicamp, para produção de insulina e de hormônio
do crescimento humano na soja.
"O custo de produção de 1 g de
proteína em plantas é 900 vezes
mais barato do que em células
animais", disse o pesquisador.
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