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Pílula atrapalha o olfato e a escolha de parceiros
Estudo inglês sugere prejuízo genético para filhos
DO "INDEPENDENT"
Era um experimento que envolveu suor, amor... e poderia
ter terminado em lágrimas.
Quando cem mulheres foram
convidadas a farejar camisetas
suadas de homens, descobriu-se que a pílula anticoncepcional pode atrapalhar sua capacidade de escolher parceiros.
O odor corporal desempenha
papel importante na seleção de
parceiros, mas a pílula parece
interferir no olfato feminino,
minando a capacidade das mulheres de fazerem a melhor escolha, afirmam pesquisadores
da Universidade de Liverpool.
Se confirmada, a tese dos britânicos mostrará que, por perturbar as preferências olfativas
das mulheres, a pílula pode ser
responsável por problemas de
fertilidade, insatisfação no relacionamento e separação. Ela
poderia até conduzir a problemas na próxima geração, resultando em crianças com sistema
imunológico mais fraco.
O estudo revelou que, em vez
de serem atraídas por parceiros
geneticamente desiguais, algo
que os seres humanos estão inclinados a fazer instintivamente, as mulheres que tomam pílula podem selecionar homens
geneticamente semelhantes a
si próprias. Isso é um suicídio
evolutivo, porque a sobrevivência da espécie depende da diversidade genética, dizem.
"Quando os olhos se encontram numa sala lotada, a aparência obviamente conta primeiro para determinar por quem nos atraímos. Mas o cheiro é um sentimento importante
para nós. Somos animais, afinal", disse Craig Roberts, professor de psicologia evolutiva
que liderou o estudo publicado
no periódico "Proceedings of
the Royal Society".
Segundo ele, o cheiro é importante para manter um relacionamento. "Pode não afetar
por quais pessoas você se atrai,
mas determina como você sente na manhã seguinte", disse.
Amostras de suor
Na pesquisa, as mulheres foram convidadas a farejar amostras de suor de seis homens, obtidas por trituração de camisetas usadas por eles durante
duas noites. Para cada mulher
foram selecionadas três amostras geneticamente semelhantes e três geneticamente diferentes. O experimento foi repetido antes e depois de a mulher
começar a tomar a pílula.
Roberts afirmou que "as preferências das mulheres que começaram a utilizar a pílula foram deslocadas para os homens
com cheiros geneticamente semelhantes". Também colaboraram no estudo cientistas da
Universidade de Newcastle.
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