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Número de espécies em perigo cresce outra vez
Gorilas, orangotangos e corais vivem sob pressão
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um ano. Mais uma lista
mundial de espécies ameaçadas de extinção. Mais uma má
notícia para a biodiversidade
do planeta.
Segundo a ONG IUCN
(União Internacional para a
Conservação da Natureza) pelo
menos 16.306 espécies da fauna e da flora do mundo estão
correndo algum perigo de desaparecer. No ano passado, a
mesma lista tinha 16.118 integrantes. Todos os dados estão
disponíveis na internet, em inglês, no endereço http://www.iucnredlist.org.
A situação fica mais clara, talvez, quando o documento é
apresentado de uma outra forma. Um mamífero em cada
quatro, uma ave em cada oito,
um terço dos anfíbios e 70%
das plantas precisam ser salvas
da extinção, segundo a IUCN.
A ONG monitora o estado de
41.415 espécies, de 1,9 milhão
conhecidas no mundo, desde
2003. Dessas, 785 já desapareceram e outras 65 existem apenas em cativeiro. Ou seja, os dados divulgados ontem deve estar subdimensionados, calculam os cientistas que estudam a
biodiversidade da Terra.
Entre os grandes mamíferos,
a situação dos macacos é a mais
preocupante. Os gorilas que vivem na África Central, por
exemplo, estão sendo dizimados pelo vírus ebola.
Neste ano, esse grupo atingiu
o estágio "criticamente em perigo", o último antes da categoria "extinção". Nos últimos 25
anos, a população desses primatas caiu em 60%.
Além do vírus, desmatamento e estradas e agora a guerra no
Congo ajudam na matança.
Os orangotangos de Sumatra
e de Bornéu, respectivamente
classificados como "criticamente em perigo" e "em perigo", que vêm logo abaixo da anterior, também ganharam destaque na lista publicada ontem.
A população do primeiro grupo é estimada em apenas 7.300
indivíduos. No segundo grupo
devem existir hoje, aproximadamente, 69 mil representantes segundo contas otimistas.
Também subiram de categoria rumo à extinção uma espécie de golfinho chinês, um crocodilo que vive no rio Ganges e
algumas espécies de abutres
que vivem na Ásia e na África.
Outra novidade negativa: pela primeira vez na história da
lista vermelha das espécies
ameaçadas os corais apareceram sob rótulo "em perigo". A
situação é pior no arquipélago
de Galápagos, no Equador.
Periquitos voando
Uma única espécie apareceu
na lista da IUCN em um nível
de ameaça menor do que ela estava no ano passado.
Isso ocorreu nas Ilhas Maurício, com uma espécie de periquito que vive por lá.
Por causa de um projeto de
preservação desenhado para a
espécie, que quase sumiu há 15
anos, hoje é possível contar 320
exemplares do grupo.
Com agências internacionais
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