São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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Número de espécies em perigo cresce outra vez

Gorilas, orangotangos e corais vivem sob pressão

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais um ano. Mais uma lista mundial de espécies ameaçadas de extinção. Mais uma má notícia para a biodiversidade do planeta.
Segundo a ONG IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) pelo menos 16.306 espécies da fauna e da flora do mundo estão correndo algum perigo de desaparecer. No ano passado, a mesma lista tinha 16.118 integrantes. Todos os dados estão disponíveis na internet, em inglês, no endereço http://www.iucnredlist.org.
A situação fica mais clara, talvez, quando o documento é apresentado de uma outra forma. Um mamífero em cada quatro, uma ave em cada oito, um terço dos anfíbios e 70% das plantas precisam ser salvas da extinção, segundo a IUCN.
A ONG monitora o estado de 41.415 espécies, de 1,9 milhão conhecidas no mundo, desde 2003. Dessas, 785 já desapareceram e outras 65 existem apenas em cativeiro. Ou seja, os dados divulgados ontem deve estar subdimensionados, calculam os cientistas que estudam a biodiversidade da Terra.
Entre os grandes mamíferos, a situação dos macacos é a mais preocupante. Os gorilas que vivem na África Central, por exemplo, estão sendo dizimados pelo vírus ebola.
Neste ano, esse grupo atingiu o estágio "criticamente em perigo", o último antes da categoria "extinção". Nos últimos 25 anos, a população desses primatas caiu em 60%.
Além do vírus, desmatamento e estradas e agora a guerra no Congo ajudam na matança.
Os orangotangos de Sumatra e de Bornéu, respectivamente classificados como "criticamente em perigo" e "em perigo", que vêm logo abaixo da anterior, também ganharam destaque na lista publicada ontem.
A população do primeiro grupo é estimada em apenas 7.300 indivíduos. No segundo grupo devem existir hoje, aproximadamente, 69 mil representantes segundo contas otimistas.
Também subiram de categoria rumo à extinção uma espécie de golfinho chinês, um crocodilo que vive no rio Ganges e algumas espécies de abutres que vivem na Ásia e na África.
Outra novidade negativa: pela primeira vez na história da lista vermelha das espécies ameaçadas os corais apareceram sob rótulo "em perigo". A situação é pior no arquipélago de Galápagos, no Equador.

Periquitos voando
Uma única espécie apareceu na lista da IUCN em um nível de ameaça menor do que ela estava no ano passado.
Isso ocorreu nas Ilhas Maurício, com uma espécie de periquito que vive por lá.
Por causa de um projeto de preservação desenhado para a espécie, que quase sumiu há 15 anos, hoje é possível contar 320 exemplares do grupo.


Com agências internacionais


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