DA REUTERS

A frota dos ônibus espaciais americanos pode retomar seus vôos à ISS (Estação Espacial Internacional) em maio ou junho do ano que vem, segundo a Nasa.
A Rússia tem se responsabilizado totalmente pelo envio de tripulação e carga ao complexo orbital desde o acidente com o ônibus espacial Columbia, que se desintegrou no retorno à Terra, em fevereiro de 2003, matando sete astronautas. "Nossos colegas russos fizeram um trabalho excepcional", disse Michael Suffredini, vice-diretor do programa da ISS.
Entretanto, os trabalhos de montagem da estação tiveram de ser interrompidos, pois somente as naves da agência espacial americana têm a capacidade de carga necessária para levar ao espaço os módulos que faltam e conectá-los ao complexo. Com a capacidade de transporte reduzida, os gerentes do programa foram obrigados a reduzir a tripulação fixa de três para dois astronautas.
"Para a volta aos vôos dos ônibus espaciais, a data que estamos mirando é a de maio, uma janela de lançamento que vai do meio de maio ao começo de junho."
Antes disso, a expectativa era ver o retorno das naves à ativa, com a decolagem do Discovery, em abril. Mas problemas com as instalações da Nasa responsáveis pela preparação e pelo lançamento dos ônibus na Flórida, Estado americano atingido por três furacões em um mês, impediram o progresso dos trabalhos e adiaram a tentativa de lançamento.
Enquanto isso, a décima tripulação fixa a habitar a ISS se prepara para decolar de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo da nave russa Soyuz TMA-5. O russo Salizhan Sharipov e o americano Leroy Chiao devem passar os próximos seis meses no complexo, substituindo o russo Gennady Padalka e o americano Michael Fincke nas tarefas de realizar a manutenção dos equipamentos e conduzir experimentos em ambiente de microgravidade.
Quando decolarem, na quinta-feira, eles serão acompanhados pelo cosmonauta Yuri Shargin, que passará apenas dez dias em órbita e voltará à Terra com Fincke e Padalka.


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