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SAÚDE
Celular eleva a incidência de tumor benigno
DA ASSOCIATED PRESS
Resultados preliminares de um
estudo sueco sugerem que as pessoas que utilizam telefones celulares há pelo menos dez anos podem ter mais chance de desenvolverem um neuroma acústico, tumor benigno que se desenvolve
no nervo auditivo. A pesquisa foi
conduzida por Anders Ahlbom e
Maria Feychting, do Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Apesar de experimentos em laboratório terem mostrado que a
radiação emitida por celulares
pode afetar as células cerebrais,
ainda não há evidências reais de
perigo à saúde.
O estudo acompanhou 750 suecos que usam celulares, principalmente modelos analógicos, há pelo menos uma década. A seleção
dos voluntários foi feita entre pacientes e pessoas sadias.
Os cientistas perceberam que a
incidência da doença quase dobrou entre os que usam o telefone
há mais tempo. Normalmente, o
tumor -que afeta a audição-
ocorre em um adulto entre 100
mil. "Quando o lado da cabeça
que encosta no aparelho foi levado em consideração, descobrimos que o risco crescera quatro
vezes", disseram.
"[Os resultados] são surpreendentes, mais fortes do que esperava", afirmou Ahlbom. "Para ser
honesto, não esperava nada. Não
sabemos o que causa [a doença]."
Questionários sobre costumes
não são considerados métodos fidedignos para determinar a ligação entre comportamento e aparecimento de doenças. Os próprios cientistas sabem que o estudo, financiado pela UE, precisa de
confirmação independente. Os
resultados foram publicados no
periódico científico "International Journal of Epidemiology".
Outros estudos, incluindo um
realizado por finlandeses em
2002, sugerem que a radiação eletromagnética emitida pelos celulares pode afetar o tecido cerebral,
mas outras pesquisas sugerem
justamente o contrário.
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