São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

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Comunidades dentro de parque têm ramais para transportar madeira

DA ENVIADA ESPECIAL A ITAITUBA

Localizado bem no meio do problema, o Parque Nacional da Amazônia, em Itaituba, inaugurou no final de novembro estruturas de trilhas e mirantes para atrair visitantes. O ecoturismo é visto como uma medida para aumentar a fiscalização em algumas unidades de conservação e evitar a perda da floresta.
Primeiro parque criado na Amazônia, nos idos de 1974, o local permanecia até então meio largado. Com mais de 1,1 milhão de hectares, tem apenas dois fiscais do Ibama.
De acordo com Marcio Ferla, chefe do parque, vivem ali 11 comunidades -aproximadamente 2.500 pessoas. Todas têm escolas e associações de moradores. "Eles se mantêm, em sua maioria, com agricultura de subsistência, mas sabemos que há venda de madeira ilegal. Se não fazem hoje, certamente já fizeram. É um trabalho de formiguinha, mas causou um estrago", diz.
Ele conta que já viu ramais abertos na mata para a passagem de caminhões. "Tem lugar que a gente nem diz que é um parque", comenta. "A verdade é que é mais fácil invadir uma unidade de conservação que uma fazenda. Lá os "fiscais" são mais bravos."


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