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CLIMA
Nível dos oceanos deve subir 1,5 metro até 2100, diz estudo
DA REUTERS
O derretimento de geleiras, o desaparecimento de
plataformas de gelo e a expansão da água aquecida poderão deixar o nível médio
dos oceanos de 80 cm a 1,5
metro mais alto até o fim do
século. Essa é a conclusão de
um estudo trabalho, apresentado num encontro da
União Européia de Geociências, em Viena. O estudo prevê uma elevação três vezes
maior do que as previsões
adotadas pelo IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas).
A nova estimativa, que implicaria na inundação de
áreas onde vivem dezenas de
milhares de pessoas, foi feita
pelo Laboratório Oceanográfico Proudman, de Liverpool
(Inglaterra). Segundo a autora principal do estudo, Svetlana Jevrejeva, seus números são baseados num novo modelo matemático que
conta com a reconstrução
precisa dos níveis dos mares
por dois milênios.
Durante 17 séculos o nível
do oceano permaneceu relativamente estável, mas passou a se acelerar depois. Uma
elevação de dois centímetros
foi notada durante o século
18, uma de seis centímetros
foi registrada no século 19, e
uma de 19 cm ocorreu no século passado. "Aparentemente a elevação rápida no
século 20 se deve ao derretimento de plataformas de gelo", diz Jevrejeva.
O debate sobre quanto os
oceanos devem subir neste
século, porém, está longe de
terminar com o estudo da
pesquisadora. O IPCC, que
constrói seu consenso com
base em diversos estudos,
adota a perspectiva mais otimista de que os mares se elevarão entre 18 cm e 59 cm até
2100. Jevrejeva afirma, porém, que estudos considerados pelo painel não levam em
conta a interação entre plataformas de gelo e a água derretida remanescente delas,
que acelera o fenômeno.
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