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POLÍTICA CIENTÍFICA
Governo espera decisão para este ano
FHC manda ao Congresso lei de estímulo à inovação tecnológica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de 18 meses de discussão e da análise de 6.000 sugestões, o presidente Fernando Henrique Cardoso enviou ontem ao
Congresso o projeto da Lei de
Inovação. Seu objetivo é transformar o potencial acadêmico de
pesquisa em produção tecnológica inovadora e ajudar a diminuir
os riscos de perda de investimento nas relações entre universidades, empresas e governo.
Apesar da dificuldade de análise
de propostas no Congresso durante o período eleitoral, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, espera que o
projeto seja aprovado até o final
do ano. Para ele, o amplo consenso em relação ao tema garante
uma rápida tramitação.
"Não temos recebido posições
de resistência", disse o ministro.
Também foi formalizada, em
solenidade no Palácio do Planalto, a promessa de aumentar os investimentos em ciência e tecnologia a um ritmo de 12% ao ano pelos próximos dez anos.
Contida no "Livro Branco"
-documento que estabelece as
diretrizes para o setor-, a meta é
que os investimentos público e
privado passem de 1,3% para 2%
do PIB (Produto Interno Bruto).
Sobre o fato de essa meta ser um
compromisso para governos futuros, FHC fez um comentário indireto em seu discurso: "Acredito
que estamos criando uma sociedade com sementes de maior
igualdade de oportunidades, com
sementes de maior justiça. Sementes, eu digo, porque é preciso
plantar. Outros vão colher. Nós
vamos colher como nação".
Sardenberg afirmou que a lei
ajudará a absorver os 6.000 doutores formados por ano no país.
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