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Equipe tem nova pista da epidemia de 1918
da Redação
O vírus da gripe espanhola permaneceu durante muitos anos no
ambiente e no organismo de homens e de porcos antes de matar
entre 20 milhões e 40 milhões de
pessoas em 1918 e 1919.
Essa é a conclusão mais recente
das pesquisas sobre o vírus da
doença, considerada a maior e
mais infecciosa pandemia (epidemia generalizada) da história.
Mas, apesar dos avanços já obtidos nessa investigação, a origem
do vírus ainda permanece desconhecida para os cientistas.
Liderados por Ann Reid, cientistas do Instituto de Patologia das
Forças Armadas dos EUA, em
Washington, obtiveram o sequenciamento de um importante gene
desse vírus, isto é, a descrição das
moléculas que o compõem na
mesma ordem (sequência) em que
elas se apresentam.
O estudo, do qual participaram
também Thomas Fanning, Johan
Hultin e Jeffery Taubenberger, foi
publicado na edição de ontem da
revista norte-americana "Proceedings of the National Academy of
Sciences".
A equipe analisou algumas sequências de genes do vírus da
doença, isoladas a partir de amostras de tecidos de pulmões de seis
vítimas da doença em 1918.
As amostras de duas das vítimas
foram colhidas em autópsia e conservadas em uma solução. Eram
dois soldados, um de 21 anos, lotado em Fort Jackson, no Estado da
Carolina do Sul, e, outro de 30
anos, baseado em Camp Upton, no
Estado de Nova York.
As outras amostras foram obtidas com a exumação, em agosto de
1997, de quatro vítimas da doença,
numa tumba congelada no Alaska.
Uma outra tentativa de descobrir
a origem do vírus não teve resultados positivos. Um grupo de pesquisadores liderados pela geógrafa
canadense Kirsty Duncan viajou
em outubro de 1997 para a Noruega para colher amostras do microrganismo.
Eles foram explorar um cemitério na cidade de Longyearbyen, ao
norte do Círculo Polar Ártico, onde estavam enterrados sete mineiros foram mortos pela doença em
1918. Mas não conseguiram obter
amostras do vírus ou de seu material genético.
(MT)
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