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memória
Campo foi marcado por alarme falso
DA REDAÇÃO
O campo da clonagem
tem sido marcado por
alarmes falsos, precipitações e fraudes.
A mais famosa foi a suposta obtenção de 11 linhagens de células-tronco
embrionárias a partir de
clones humanos pelo sul-coreano Hwang Woo-suk,
em 2005. O feito foi anunciado com pompa pela revista "Science".
O estudo era uma fraude, como se descobriria
depois. O episódio não só
levou a clonagem terapêutica à estaca zero como
também abriu uma crise
de confiança do público na
biotecnologia.
Antes, em 2002, Robert
Lanza e José Cibelli, da
empresa Advanced Cell
Technology, anunciaram a
obtenção de embriões clonados humanos. Não eram
embriões, mas conjuntos
de umas poucas células
produzidos por partenogênese (indução de um
óvulo a se dividir).
No campo eticamente
abominável da clonagem
reprodutiva, a seita dos
raelianos anunciou, no fim
de 2002, ter produzido
uma criança. Era mentira.
E o médico italiano Severino Antinori jura até hoje
ter feito clones.
Os primeiros avanços
reais na clonagem por
transferência nuclear só
aconteceriam em 2007,
quando Shoukhrat Mitalipov, nos EUA, clonou macacos resos. Até então, nenhum primata havia sido
produzido pela técnica
usando células adultas.
Uma reviravolta ocorreu no ano passado. O japonês Shinya Yamanaka e
o americano James
Thomson conseguiram
gerar células-tronco equivalentes às embrionárias
sem usar embriões.
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