São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 2002

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Ministério contesta dados

Produção cresce menos no país, afirma estudo

DA REDAÇÃO

Apesar de ter crescido nas últimas três décadas, a produção científica brasileira caiu em relação ao total mundial de 2000 para 2001. A conclusão é de um estudo sobre o custo da pesquisa no Brasil feito por três pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e apresentado no fim do mês passado em Salvador.
Usando informações da Web of Science, base do ISI (Instituto para Informação Científica, que reúne dados de produção científica do mundo inteiro), o grupo coordenado por Helena Nader, pró-reitora de Graduação da Unifesp, mostrou que o quinhão brasileiro no total mundial de artigos científicos passou de 1,1% em 2000 para 0,95% em 2001.
"A produção [em valores absolutos" cresceu muito. Mas o mundo cresceu mais do que nós", disse Nader. Segundo ela, isso pode se dever a cortes de verba do Ministério da Ciência e Tecnologia e à falta de investimento do setor privado em pesquisa.
O MCT contesta os dados. Segundo o ministério, cresceu não só o número absoluto de publicações como também a participação brasileira no total mundial -de 1,33% para 1,43%.
Para Sinésio Ferreira, coordenador de indicadores do MCT, a diferença pode decorrer do tipo de base de dados consultada pelo grupo da Unifesp. A base usada pelo ministério, também do ISI, é a NSI (Indicadores Nacionais de Ciência). "Eu acho que elas têm conteúdos diferentes", afirmou.


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