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PESQUISA
Ministério contesta dados
Produção cresce menos no país, afirma estudo
DA REDAÇÃO
Apesar de ter crescido nas últimas três décadas, a produção
científica brasileira caiu em relação ao total mundial de 2000 para
2001. A conclusão é de um estudo
sobre o custo da pesquisa no Brasil feito por três pesquisadores da
Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo) e apresentado no fim
do mês passado em Salvador.
Usando informações da Web of
Science, base do ISI (Instituto para Informação Científica, que reúne dados de produção científica
do mundo inteiro), o grupo coordenado por Helena Nader, pró-reitora de Graduação da Unifesp,
mostrou que o quinhão brasileiro
no total mundial de artigos científicos passou de 1,1% em 2000 para
0,95% em 2001.
"A produção [em valores absolutos" cresceu muito. Mas o mundo cresceu mais do que nós", disse Nader. Segundo ela, isso pode
se dever a cortes de verba do Ministério da Ciência e Tecnologia e
à falta de investimento do setor
privado em pesquisa.
O MCT contesta os dados. Segundo o ministério, cresceu não
só o número absoluto de publicações como também a participação brasileira no total mundial
-de 1,33% para 1,43%.
Para Sinésio Ferreira, coordenador de indicadores do MCT, a diferença pode decorrer do tipo de
base de dados consultada pelo
grupo da Unifesp. A base usada
pelo ministério, também do ISI, é
a NSI (Indicadores Nacionais de
Ciência). "Eu acho que elas têm
conteúdos diferentes", afirmou.
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