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Glaxo faz acordo de
biotecnologia no país
RICARDO BONALUME NETO
especial para a Folha
A multinacional Glaxo Wellcome e a empresa de biotecnologia
brasileira Extracta assinaram um
acordo internacional de prospecção de produtos naturais que pretende esquadrinhar cerca de 30
mil compostos químicos de plantas, fungos e bactérias em busca
de eventuais bases para drogas.
O acordo prevê o gasto de US$
3,2 milhões para o trabalho de
bioprospecção coordenado pela
Extracta, que deverá incluir também a pesquisa em laboratórios
universitários brasileiros de novos produtos, diferentemente do
que foi feito por outra multinacional, a Merck, na Costa Rica.
"Cerca de 18% desse contrato
está sendo injetado como subcontratação da comunidade científica, não para trabalho braçal, mas
para pesquisa", diz Antonio Paes
de Carvalho, diretor da Extracta e
professor da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro).
Os primeiros locais a ser prospectados serão a floresta amazônica e a mata atlântica.
"Com a nova lei de patentes e a
rica biodiversidade do país, é o
momento apropriado para investir em ciência brasileira", diz Padraic Ward, gerente da Glaxo para a América Latina.
Cientistas brasileiros costumam
reclamar que as multinacionais
não investem em pesquisa no
país, lembra Paes de Carvalho. "O
contrato abre caminho para outras empresas se juntarem a outros pólos universitários. É o começo da mudança de atitude."
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