São Paulo, Terça-feira, 20 de Julho de 1999
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Glaxo faz acordo de biotecnologia no país

RICARDO BONALUME NETO
especial para a Folha

A multinacional Glaxo Wellcome e a empresa de biotecnologia brasileira Extracta assinaram um acordo internacional de prospecção de produtos naturais que pretende esquadrinhar cerca de 30 mil compostos químicos de plantas, fungos e bactérias em busca de eventuais bases para drogas.
O acordo prevê o gasto de US$ 3,2 milhões para o trabalho de bioprospecção coordenado pela Extracta, que deverá incluir também a pesquisa em laboratórios universitários brasileiros de novos produtos, diferentemente do que foi feito por outra multinacional, a Merck, na Costa Rica.
"Cerca de 18% desse contrato está sendo injetado como subcontratação da comunidade científica, não para trabalho braçal, mas para pesquisa", diz Antonio Paes de Carvalho, diretor da Extracta e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os primeiros locais a ser prospectados serão a floresta amazônica e a mata atlântica.
"Com a nova lei de patentes e a rica biodiversidade do país, é o momento apropriado para investir em ciência brasileira", diz Padraic Ward, gerente da Glaxo para a América Latina.
Cientistas brasileiros costumam reclamar que as multinacionais não investem em pesquisa no país, lembra Paes de Carvalho. "O contrato abre caminho para outras empresas se juntarem a outros pólos universitários. É o começo da mudança de atitude."


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