São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Pesquisa britânica explica como surgiram as pintas dos felídeos

Mancha ajuda camuflagem de gatos de mata fechada e arbóreos

Marcus Obal/Creative Commons
Onça-pintada ("Panthera onca'), espécie que tem preferência por ambientes fechados

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

"Como o leopardo ganhou suas pintas": parece o mote de algum mito africano, mas é o título de um artigo científico que promete explicar a origem dos estranhos e belos padrões na pelagem de leopardos e outros gatos.
A equipe liderada por William Allen, da Universidade de Bristol (Reino Unido), está publicando os resultados no periódico "Proceedings of the Royal Society B".
Depois de analisar fotos de 37 espécies de felídeos, como é conhecida a família dos gatos, eles afirmam que a chave para entender a aparência deles é o tipo de habitat e estilo de vida de cada bicho. Resumindo: os que vivem em matas fechadas e passam boa parte do tempo nas árvores são os mais "pintados".
Esse tipo de hábito também influencia a complexidade das pintas: os gatos de florestas tropicais e de vida arbórea não só tendem a ter mais pintas como também possuem o padrão mais irregular e complexo de manchas na pelagem.
A explicação básica tem a ver mesmo com a camuflagem: nesse tipo de ambiente, ser coberto de pintas ajuda o bicho a se misturar ao pano de fundo. Isso facilita suas caçadas e, no caso de animais menores, como as jaguatiricas, também os esconde de predadores.
Já os felinos adaptados a lugares mais abertos, como os leões, abdicaram dessa forma de camuflagem.


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