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ASTRONOMIA
Oportunidade prossegue até meados de abril
Cinco planetas visíveis a olho nu formam uma fila no céu noturno
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Do final deste mês até meados
de abril, os observadores do céu
noturno terão a oportunidade de
ver todos os cinco planetas visíveis a olho nu dispostos praticamente numa linha reta, atravessando o céu de oeste a leste.
Até mesmo o mais discreto dos
planetas, Mercúrio, estará visível.
Como é o que tem órbita mais
próxima do Sol, suas viagens pelo
céu noturno, quando ocorrem,
estão restritas ao final da madrugada ou ao início da noite. Nos
próximos dias, será visível perto
do horizonte, na direção do poente, logo no princípio da noite.
"A partir de meados do mês,
Mercúrio será praticamente invisível, em virtude de sua conjunção inferior com o Sol, em 16 de
abril", aponta o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
do Museu de Astronomia e Ciências Afins do Rio de Janeiro.
Um pouco mais alto no céu, o
próximo da fila é Vênus, o segundo planeta do Sistema Solar e o
mais brilhante de todos. Ele vem
seguido por Marte, mais discreto
e com seu característico tom avermelhado. No zênite (topo do céu),
surge Saturno, que está para ser
visitado pela sonda americana
Cassini ainda neste ano.
Por fim, já na direção do leste,
vê-se Júpiter, o segundo planeta
mais brilhante do conjunto.
O céu dos próximos dias será
também agraciado por uma Lua
discreta, em quarto crescente, o
que facilita a observação dos demais corpos. Uma boa referência
para localizar os planetas é partir
da constelação de Órion, facilmente reconhecível pelas famosas
Três Marias, as estrelas que compõem o cinturão do caçador mítico.
O fenômeno não exige instrumentos ópticos (lunetas ou binóculos) para ser observado.
Segundo os astrônomos, será a
melhor oportunidade para ver os
planetas juntos no céu noturno
até 2036 -exceto para os madrugadores, que terão chances parecidas no final de dezembro deste
ano e início de janeiro de 2005,
minutos antes do nascente.
Embora pareçam formar uma
fila quase perfeita no céu, os planetas não estão numa posição de
alinhamento, como ocorreu em
maio de 2002.
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