São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003 |
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PNEUMONIA ASIÁTICA País tem de intensificar triagem de pacientes e tratamento, afirma representante do órgão em Pequim China conterá mal se agir rápido, diz OMS
DA REUTERS A China tem chances de deter a pneumonia asiática se usar táticas mais agressivas de controle e tratamento, mas deve agir rápido, afirmou ontem a OMS (Organização Mundial da Saúde). Preocupada com uma explosão da doença, também conhecida como Sars (síndrome respiratória aguda grave), a organização reviu sua taxa de mortalidade de 4% para 5% dos casos. Até ontem, segundo dados oficiais da OMS, 2.001 dos 3.947 casos se concentravam em território chinês (excluindo Hong Kong). Já houve 229 mortes em 26 países. De acordo com o órgão da ONU, a taxa de mortalidade continuará sendo um dado aproximado até que um bom teste de diagnóstico passe a ser utilizado universalmente. Com o teste, os médicos serão capazes de dizer se muitas pessoas estão infectadas sem desenvolver os sintomas, o que alteraria a estimativa. De acordo com Henk Bekedam, representante da OMS em Pequim, bons cuidados hospitalares podem reduzir significativamente a mortalidade. "É importante que haja um tratamento agressivo bem cedo", afirmou. Se a China empregar um número adequado de profissionais de saúde para testar pessoas suspeitas de terem a doença e tratar dos pacientes, poderá controlar a epidemia, diz Bekedam. "Ainda é possível pôr um freio nela, pelo que sabemos dos outros países", avalia o funcionário da OMS. "Vai levar mais tempo para conseguirmos isso na China do que em outros países nos quais o sistema de saúde é mais forte", afirma Bekedam. Apesar das limitações materiais, ele diz que o governo chinês deixou de lado a política de esconder a real extensão da epidemia e está seguindo à risca as recomendações da OMS. Só dois casos prováveis foram registrados no Brasil. Os principais sintomas da doença, causada por um coronavírus, são tosse seca, falta de ar e febre alta. Próximo Texto: Vírus é pouco variável, afirmam cientistas Índice |
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