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IML examina as 21 vítimas encontradas
RUBENS VALENTE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUÍS
FÁTIMA LESSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS
As equipes de busca, formadas
por militares e pelo Corpo de
Bombeiros de São Luís (MA),
conseguiram localizar ontem, entre os destroços do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) na base
de Alcântara (a 22 km de São
Luís), os corpos dos últimos sete
funcionários do CTA (Centro
Técnico Aeroespacial) de São José
dos Campos (SP), desaparecidos
desde o acidente de sexta-feira.
Os 21 corpos começaram a ser
examinados no IML (Instituto
Médico Legal) de São Luís (MA)
por cinco funcionários. Eles serão
liberados ao mesmo tempo e entregues à Aeronáutica, que ouvirá
os familiares dos mortos para saber se haverá um funeral coletivo
ou enterros individuais em São
José dos Campos.
O trabalho do IML consiste em
limpar os cadáveres e comparar
suas arcadas dentárias com os dados odontológicos arquivados pelos dentistas dos funcionários,
que estão sendo trazidos para São
Luís em aviões da Aeronáutica.
Até a tarde de ontem, haviam chegado as fichas de 15 vítimas.
Segundo a estimativa do diretor
do IML, Wanderley Souza, 52, se
as fichas chegassem a tempo, o
trabalho poderia ser concluído
ainda na madrugada de hoje.
A proporção do incêndio dificultou a identificação dos corpos.
"Eles ficaram 100% carbonizados", disse Souza. Nenhum pedaço da roupa das vítimas foi encontrado no local.
Os corpos foram levados de helicóptero, em sacos de lona, da base de Alcântara até o Batalhão de
Caçadores do Exército e, de lá, de
carro, ao IML. Segundo a Aeronáutica, o calor no auge do incêndio deve ter sido de 2.000ºC a
3.000ºC (metade da temperatura
externa do Sol).
Dos cinco corpos examinados
até as 17h de ontem, um precisará
passar por exame comparativo de
DNA para identificação, segundo
o diretor do IML.
A Aeronáutica confirmou o nome do militar responsável pela investigação das causas do acidente.
É o coronel-aviador Antônio Carlos Cerri, diretor do IAE (Instituto
de Aeronáutica e Espaço) do
CTA. A comissão terá também representantes do Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisa Espaciais) e
da Aeronáutica.
O prazo inicial da comissão é de
30 dias. No último sábado, o ministro da Defesa, José Viegas, havia dito que as investigações "já
começaram".
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