São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001

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Empresário "caça" fortunas no RJ e em PE

DA AGÊNCIA FOLHA

O empresário Denis Albanese se dedica à exploração de naufrágios há 20 anos. No momento, faz pesquisas para localizar a nau Santa Rosa, em Pernambuco, e a Rainha dos Anjos, na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro.
O Santa Rosa está entre os naufrágios mais ricos do mundo ainda não localizados. Estima-se que tenha um carregamento de ouro no valor de US$ 700 milhões. A embarcação afundou em 1726.
As especulações sobre o Rainha dos Anjos também são altas. A nau de guerra portuguesa estaria levando vários presentes do imperador da China para o rei de Portugal, estimados hoje em cerca de US$ 450 milhões, quando foi a pique em 1722.
A Salvanav, empresa de Albanese, ainda não localizou as embarcações. "Depois de saber o local exato e provar que as localizou, é preciso pedir autorização da Marinha para explorá-los", disse ele.
Há três anos o empresário trouxe um navio inglês, especialmente equipado para pesquisas em águas profundas, para o litoral pernambucano, na tentativa de encontrar o Santa Rosa. Essa operação durou três semanas.
Segundo Albanese, poucas pessoas se dedicam a essa atividade devido aos altos custos. O empresário não quis dizer quanto é gasto em média nessas atividades.
Para ele, o projeto de lei que foi sancionado em dezembro é um impulso para a exploração de naufrágios. "A lei anterior declarava que todos os bens arqueológicos que fossem encontrados pertenciam à União. Em um navio colonial, tudo que for encontrado vai ser histórico."
O empresário já explorou seis navios coloniais. Entre eles estão o galeão São Paulo, naufrágio de 1652, em Pernambuco, o Santa Escolástica, de 1624, e o Utrech, de 1648, ambos na Bahia.
Albanese disse nunca ter encontrado um grande tesouro. "Só algumas moedas de ouro e prata. A maior parte dos objetos são de uso diário ou de navegação, como astrolábios", afirmou. (FK)



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