São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

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BIOMEDICINA

Cientistas poderiam usar células-tronco descartadas por clínicas; projeto ainda precisa receber aval do Senado

Câmara da Austrália aprova pesquisas com embriões

DA REDAÇÃO

A Câmara dos Representantes da Austrália aprovou ontem um projeto que permite a pesquisa com células-tronco embrionárias criadas para tratamentos de fertilização in vitro. Para se transformar em lei, o projeto agora precisa do aval do Senado do país.
O texto, aprovado por 99 dos 150 deputados, proíbe a clonagem humana para fins reprodutivos, mas libera estudos com cerca de 70 mil embriões criados em clínicas de fertilização. Apesar dessa primeira vitória, porém, espera-se que o debate seja muito mais acirrado e dure meses antes da aprovação na câmara alta.
As células-tronco embrionárias estão presentes em embriões nos primeiros estágios de seu desenvolvimento e são capazes de dar origem a qualquer tecido do organismo. Graças a essa propriedade, acredita-se que elas possam combater doenças degenerativas graves, como o mal de Parkinson.
A legislação aprovada pelos deputados australianos representa um meio-termo entre a americana, que nega financiamentos federais a qualquer pesquisa que não use linhagens específicas e já existentes de células-tronco, e a britânica, que permite a criação de embriões humanos para uso exclusivo dos pesquisadores.
Enquanto isso, cientistas dos EUA disseram ontem a um comitê do Senado americano que a legislação do país parou a pesquisa com células-tronco embrionárias. Alguns deles estariam deixando país por causa das restrições.


Com agências internacionais


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