São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

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Acordo sobre clone é urgente

DA REDAÇÃO

A comissão das Nações Unidas criada para discutir a proibição da clonagem em escala mundial pode estar dando mais tempo para que pessoas como o médico italiano Severino Antinori criem o primeiro clone humano.
Foi o que afirmou à revista de divulgação científica "New Scientist" uma fonte próxima às negociações da ONU. De acordo com o negociador, conseguir um acordo abrangente sobre a clonagem "é uma corrida contra o tempo".
De acordo com a fonte, que pediu para não ser identificada, a melhor estratégia seria obter um tratado que banisse a clonagem reprodutiva (tema que é praticamente um consenso no mundo) para discutir depois a clonagem terapêutica, que pretende obter células-tronco do embrião clonado.
Além de Antinori, o médico cipriota-americano Panayotis Zavos e a seita dos raelianos dizem ter conseguido avanços em projetos de clonagem humana. Para a fonte ouvida pela "New Scientist", não é improvável que uma criança clonada nasça antes que a ONU chegue a um acordo.
"Temos de ter cuidado para não punir a mãe ou a criança [caso isso aconteça]", afirmou. "É uma questão de saber quem é o malfeitor, e se isso inclui não só quem conduziu a pesquisa como também quem o financiou", disse o negociador das Nações Unidas.


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