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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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ASTRONÁUTICA

Ex-astronauta foi o segundo homem a andar sobre a Lua, durante a missão Apollo-11

China irá reativar interesse espacial, diz Aldrin

DE WASHINGTON

O ex-astronauta Buzz Aldrin, 73, o segundo homem a pisar na Lua depois de Neil Armstrong, viajando a bordo da nave Apollo-11, em 20 de julho de 1969, afirma que a competição norte-americana com os chineses deve fazer ressurgir o pioneirismo da Nasa.
Enfático defensor do programa espacial americano, Aldrin compareceu ontem ao lançamento do relatório sobre o acidente com o ônibus espacial Columbia. Leia trechos da entrevista que ele deu à Folha, na qual comentou o acidente de sexta-feira com o VLS-1, no Brasil. (FCz)

Folha - Qual o futuro agora do programa espacial americano?
Buzz Aldrin -
Vai ter de continuar. Temos hoje vários compromissos para a finalização da Estação Espacial Internacional (ISS), que vem se valendo agora da Soyuz russa. E vamos ter de assumir nossas responsabilidades.

Folha - Como o sr. vê as críticas do relatório à estrutura organizacional da Nasa?
Aldrin -
Eu fiz parte da estrutura da ponta final da Nasa há muito anos. O gerenciamento hoje não é o mesmo do que tínhamos no passado. Hoje é muito mais a ação de uma espécie de holding do que uma iniciativa pioneira. E precisamos voltar a essa aventura.

Folha - Como retomar esse sentimento?
Aldrin -
Até que os chineses coloquem um astronauta no espaço, continuaremos tendo a reação pública que temos hoje. Depois que os chineses realizarem esse feito, vamos ter uma reação completamente diferente, que vai dar um novo tipo de combustível ao programa espacial. Ir para o espaço significa estímulo a toda a classe científica e a áreas industriais voltadas às novas tecnologias. É muito importante para o setor de segurança e traz prestígio.

Folha - O sr. acha que um país como o Brasil deveria ter um programa espacial?
Aldrin -
Estou muito desapontado com o acidente que vocês sofreram e com o fato de o programa brasileiro de lançamento de satélites não estar funcionado em parceria com os Estados Unidos. Mas a realidade é que as perspectivas comerciais para lançamento de satélites estão ficando muito abaixo das expectativas. O fato é que não tem se revelado um negócio muito bom.


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