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ASTRONÁUTICA
Ex-astronauta foi o segundo homem a andar sobre a Lua, durante a missão Apollo-11
China irá reativar interesse espacial, diz Aldrin
DE WASHINGTON
O ex-astronauta Buzz Aldrin,
73, o segundo homem a pisar na
Lua depois de Neil Armstrong,
viajando a bordo da nave Apollo-11, em 20 de julho de 1969, afirma
que a competição norte-americana com os chineses deve fazer ressurgir o pioneirismo da Nasa.
Enfático defensor do programa
espacial americano, Aldrin compareceu ontem ao lançamento do
relatório sobre o acidente com o
ônibus espacial Columbia. Leia
trechos da entrevista que ele deu à
Folha, na qual comentou o acidente de sexta-feira com o VLS-1,
no Brasil.
(FCz)
Folha - Qual o futuro agora do
programa espacial americano?
Buzz Aldrin - Vai ter de continuar. Temos hoje vários compromissos para a finalização da Estação Espacial Internacional (ISS),
que vem se valendo agora da Soyuz russa. E vamos ter de assumir
nossas responsabilidades.
Folha - Como o sr. vê as críticas do
relatório à estrutura organizacional
da Nasa?
Aldrin - Eu fiz parte da estrutura
da ponta final da Nasa há muito
anos. O gerenciamento hoje não é
o mesmo do que tínhamos no
passado. Hoje é muito mais a ação
de uma espécie de holding do que
uma iniciativa pioneira. E precisamos voltar a essa aventura.
Folha - Como retomar esse sentimento?
Aldrin -Até que os chineses coloquem um astronauta no espaço,
continuaremos tendo a reação
pública que temos hoje. Depois
que os chineses realizarem esse
feito, vamos ter uma reação completamente diferente, que vai dar
um novo tipo de combustível ao
programa espacial. Ir para o espaço significa estímulo a toda a classe científica e a áreas industriais
voltadas às novas tecnologias. É
muito importante para o setor de
segurança e traz prestígio.
Folha - O sr. acha que um país como o Brasil deveria ter um programa espacial?
Aldrin - Estou muito desapontado com o acidente que vocês sofreram e com o fato de o programa brasileiro de lançamento de
satélites não estar funcionado em
parceria com os Estados Unidos.
Mas a realidade é que as perspectivas comerciais para lançamento
de satélites estão ficando muito
abaixo das expectativas. O fato é
que não tem se revelado um negócio muito bom.
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