São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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Cientistas são céticos e igreja condena o clone

DA REUTERS

Pesquisadores, bioeticistas e o Vaticano reagiram com ceticismo ao anúncio do médico italiano Severino Antinori, feito anteontem, de que o primeiro clone humano nascerá em janeiro de 2003.
"É possível, mas improvável", disse Anne McLaren, da Wellcome Trust Cancer Research, em Londres (Reino Unido). Os especialistas em clonagem duvidam que Antinori ou qualquer um de seus colaboradores tenham o conhecimento necessário para fazer uma cópia humana -nenhum primata foi clonado até hoje.
"É muito difícil dizer se há substância por trás das afirmações dele", disse Harry Griffin, do Instituto Roslin, na Escócia, onde foi criada a ovelha Dolly.
Antinori não deu provas de que está de fato fazendo o que diz. Na entrevista de anteontem, recusou-se a dizer onde estavam sendo conduzidos os experimentos.
O padre Gino Concetti, um dos principais teólogos morais do Vaticano, condenou a clonagem como uma ofensa aos planos de Deus e também expressou ceticismo sobre as últimas afirmações de Antinori. "Até agora, ele não mostrou nada de concreto. Se for verdade, então a Igreja [Católica] condena", afirmou Concetti.


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