|
Próximo Texto | Índice
MUSEUS
Projeto cria espaço interativo de ciência e área maior para exibição dos acervos de zoologia e etnografia no campus
USP terá espaço integrado de exposição
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Universidade de São Paulo terá uma praça de museus, com
construção prevista para começar
até o início de 2002. O projeto,
ambicioso, prevê a integração das
atividades de pesquisa, ensino e
extensão (voltadas ao público em
geral) dos mais diversos campos
do conhecimento, numa área de
120.000 m2.
Além do museu de Zoologia e o
de Arqueologia e Etnologia
(MAE), que funcionam em outros
prédios e precisam de mais espaço, a praça prevê a construção de
um Museu de Ciências, que vai
englobar virtualmente todos os
acervos da USP e terá um conselho gestor, cujo presidente será
José Carlos Teixeira de Barros, da
Escola Politécnica.
Um pré-projeto -cuja maquete foi produzida pelo arquiteto
Paulo Mendes da Rocha, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)-, foi aprovado pelo Ministério da Cultura.
A aprovação garantiu a liberação de uma verba correspondente
a 10% dos R$ 57 milhões previstos
no orçamento.O restante terá de
ser obtido por meio de parcerias
com a iniciativa privada.
Um prédio cilíndrico abrigará o
Museu de Ciências, e dois prédios
cúbicos abrigarão os outros.
A captação de recursos é necessária para a elaboração do projeto
definitivo. A obra tem duração estimada em dois anos. "As obras
deveriam ter começado no ano
passado, mas a universidade não
tem condições de arcar com todos
os custos", disse Sérgio Muniz
Oliva, assessor da pró-reitoria de
Cultura e Extensão Universitária.
"Quanto antes começarem, melhor, porque acervo não falta, como acontece em muitos museus",
afirma. "O que falta é um espaço
adequado para expor o material."
Instalações
Pelo menos no pré-projeto, espaço não falta. Para exposições,
foram reservados 8.700 m2. As salas de aula previstas ocuparão outros 5.000 m2. E as atividades de
pesquisa contarão com 1.070 m2.
Haverá, ainda, três auditórios de
200 lugares -um por museu-,
além de um auditório de 800 lugares para eventos maiores e um estacionamento para cem veículos.
Oficinas, ateliês, um teatro, um
anfiteatro, uma biblioteca, um café e uma área verde completam o
espaço.
O local onde a praça será construída ainda não foi definido. A
idéia é escolher uma área de acesso fácil por fora do campus
-provavelmente pela avenida
Corifeu de Azevedo Marques-,
para que a praça fique aberta ao
público nos finais de semana. O
campus normalmente fica fechado aos sábados e domingos para
quem não trabalha ou estuda na
universidade.
Até a construção ficar pronta, os
museus de Zoologia e de Arqueologia e Etnologia continuam funcionando normalmente.
"Na praça, o Museu de Zoologia
poderá funcionar perto do Instituto de Biociências", afirma Miguel Rodrigues, diretor do museu.
Para a arqueóloga Paula Monteiro, diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia, a iniciativa
terá grande impacto. "O acervo de
que dispomos é muito grande,
mas a maior parte tem ficado inacessível ao público", afirmou.
"Uma cidade do porte de São
Paulo não pode deixar de ter seu
museu do Homem, como outras
metrópoles do mundo têm."
(FLAVIA NATÉRCIA)
Próximo Texto: Controle biológico: Bactérias matam praga da batata Índice
|