São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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Identificação genética do diabetes tipo 2 pode ajudar no tratamento

FERNANDA CALGARO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Pesquisadores brasileiros estão estudando mutações genéticas que levam ao diabetes tipo 2 para buscar um diagnóstico molecular para a doença no país.
A análise genética de subtipos dessa variedade da moléstia, que corresponde a 80% ou 90% de todos os casos, pode ajudar na intervenção precoce.
As experiências são conduzidas com base nas formas de mutação presentes em outros grupos populacionais, como o diabetes mitocondrial e a síndrome de Wolfram, pois um gene que sofre alteração em determinado grupo pode não se expressar em outro.
O diabetes mellitus do tipo 2 é uma mutação genética resultante de defeitos na ação e secreção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela absorção de glicose (açúcar) pelo organismo. Além da genética, fatores ambientais, como obesidade e sedentarismo, contribuem para o aparecimento da doença.
Os experimentos da Universidade Federal de São Paulo incluíram parcelas da população brasileira em geral e nipo-brasileira. "No caso dos nipo-brasileiros, por exemplo, chegamos à conclusão de que uma mutação mitocondrial, encontrada em até 3% da população no Japão, não foi achada no grupo avaliado", afirmou a endocrinologista Regina Moisés, responsável pelo estudo na Unifesp, durante o 12 Congresso Latino-Americano de Diabetes, em São Paulo.
"Ainda há um longo trabalho pela frente, pois a maioria dos genes que conferem suscetibilidade à doença na população brasileira é desconhecida."


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