São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

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Watson atacou gordos, gays, negros e feias

DE SÃO PAULO

Em julho de 2004, a Folha noticiava a morte de Francis Crick, aos 88 anos. Já James Watson, 83, continua vivo, notabilizando-se pelas polêmicas declarações que costuma dar.
Em outubro de 2007, declarou que africanos eram menos inteligentes do que europeus. "Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade."
Essa foi apenas uma das polêmicas de Watson noticiadas pela Folha.
Watson já tinha defendido, por exemplo, que se utilizasse tratamento genético para deixar mulheres feias mais bonitas. Em outra ocasião, defendeu o direito ao aborto, se as grávidas pudessem saber se a criança nasceria homossexual.
Atacou também os gordos: "Sempre que você faz uma entrevista [de emprego] com gordos, você se sente mal, porque sabe que não vai contratá-los".
Em 4 de março de 2003, o então editor de Ciência Marcelo Leite relatava que, "na semana em que se comemoram os 50 anos de sua descoberta da estrutura do DNA", o cientista voltava "a chocar dizendo que a burrice é genética e que seria moralmente imperativo modificar genes para eliminá-la".
"Os 10% inferiores que realmente têm uma dificuldade, mesmo na escola elementar. Qual é a causa disso? Muitas pessoas gostariam de dizer: 'Bem, a pobreza, coisas assim'. Provavelmente não é assim. Eu gostaria então de me livrar disso, para ajudar os 10% inferiores", dizia Watson na reportagem de 2003.


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