São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2000

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Doença inspira pavor e exageros até no cinema

ESPECIAL PARA A FOLHA

A aura de terror associada ao vírus Ebola vem de sua letalidade e facilidade de transmissão, mas também se baseia em alguns mitos. Um deles é que o vírus dissolveria os órgãos da vítima.
"A "liquefação" dos órgãos internos, às vezes atribuída ao vírus, é ficcional", afirmaram os pesquisadores Dennis Burton e Paul Parren em artigo na "Nature".
O Ebola ganhou notoriedade com o livro "Zona Quente", do norte-americano Richard Preston, best seller em 20 países.
O livro foi a base para um filme ainda mais aterrador e exagerado, "Epidemia" (Outbreak, EUA, 1994), dirigido por Wolfgang Pettersen, com Dustin Hoffman, Rene Russo, Morgan Freeman e Donald Sutherland.
No filme, o vírus "Motaba", capaz de matar em poucas horas, tinha sido mantido em segredo pelo Exército dos EUA, como arma biológica. A importação de um macaco desencadeia então uma epidemia em uma cidade da Califórnia.
Além de exagerar no poder letal do vírus, o filme mostra procedimentos inverossímeis, como um pequeno macaco servir para produzir instantaneamente soro de ação rápida e eficaz para milhares de doentes. (RBN)


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