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Coprólito complementa estudo de fóssil
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se comparados com os fósseis
do animal propriamente dito (em
geral formados por ossos ou,
muito mais raramente, por tecidos moles preservados), os coprólitos oferecem novas oportunidades e dificuldades para os paleontólogos, diz Souto.
"Quando você está escavando, é
comum encontrar o coprólito como um fragmento descaracterizado, com aparência de uma simples pedra", explica o pesquisador. É preciso um pouco de sorte
para que o excremento fóssil se
mantenha mais íntegro e apropriado para a análise.
De qualquer forma, as probabilidades jogam a favor da preservação: é que, como explica Souto,
um animal sempre produz muito
mais fezes do que a sua massa corporal ao longo da vida. "As chances são tão boas ou até melhores
do que as da conservação do esqueleto, por exemplo", afirma o
pesquisador da UFRJ.
As características físicas e químicas dos coprólitos também fornecem dados preciosos sobre as
condições nas quais eles foram
depositados. O padrão de ranhuras na superfície externa do dejeto
revela se ele foi deixado ao ar livre
ou dentro da água, por exemplo.
Já a diferenciação básica entre
as fezes de um carnívoro e as de
um herbívoro pode ser feita de
acordo com a combinação de minerais do fóssil: cálcio e fósforo indicam um carnívoro, enquanto
cálcio e silício são típicos de animais herbívoros.
(RJL)
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