São Paulo, quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

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Pesquisa polar tem perigos, chimarrão e truco

DO ENVIADO À ANTÁRTIDA

Na primeira semana de trabalho com as aves antárticas, quando o tempo deixou (já que, com ventos fortes, ninguém pode sair da estação), um dos cientistas quase teve seu pé congelado, porque a bota dele não segurou a umidade da neve. E outra pesquisadora sofreu com fortes dores abdominais, preocupando os colegas. Já está tudo bem com os dois.
"Nosso mapeamento tem como um dos objetivos principais identificar áreas prioritárias de reprodução das aves", diz Cesar Rodrigo dos Santos, biólogo ligado à Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), de São Leopoldo (RS). Sempre com a camisa do Grêmio, e às vezes só com ela, apesar do frio, ele participou de um grande levantamento de aves feito na região nos primeiros anos desta década. Alguns bichos marcados entre 2002 e 2004 já estão sendo vistos de novo.
A intenção principal é acompanhar o ciclo reprodutivo das aves, que está atrasado devido ao inverno rigoroso. Primeiro, anota-se o número de ninhos e ovos. Depois, faz-se a contabilidade do sucesso reprodutivo das colônias, determinando quantos filhotes vingaram.
"Tudo está georreferenciado. Teremos uma boa noção das áreas onde as colônias ficam", diz Rafael de Moura, aluno de pós-graduação da Unisinos.
A instituição tem ainda Elisa Petersen e Eduardo Cansi compondo um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) informal antártico. Além do chimarrão de mão em mão, eles jogam um truco totalmente diferente do conhecido no Sudeste. (EG)


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