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Pesquisa polar tem perigos, chimarrão e truco
DO ENVIADO À ANTÁRTIDA
Na primeira semana de trabalho com as aves antárticas,
quando o tempo deixou (já que,
com ventos fortes, ninguém
pode sair da estação), um dos
cientistas quase teve seu pé
congelado, porque a bota dele
não segurou a umidade da neve.
E outra pesquisadora sofreu
com fortes dores abdominais,
preocupando os colegas. Já está
tudo bem com os dois.
"Nosso mapeamento tem como um dos objetivos principais
identificar áreas prioritárias de
reprodução das aves", diz Cesar
Rodrigo dos Santos, biólogo ligado à Unisinos (Universidade
do Vale do Rio dos Sinos), de
São Leopoldo (RS). Sempre
com a camisa do Grêmio, e às
vezes só com ela, apesar do frio,
ele participou de um grande levantamento de aves feito na região nos primeiros anos desta
década. Alguns bichos marcados entre 2002 e 2004 já estão
sendo vistos de novo.
A intenção principal é acompanhar o ciclo reprodutivo das
aves, que está atrasado devido
ao inverno rigoroso. Primeiro,
anota-se o número de ninhos e
ovos. Depois, faz-se a contabilidade do sucesso reprodutivo
das colônias, determinando
quantos filhotes vingaram.
"Tudo está georreferenciado.
Teremos uma boa noção das
áreas onde as colônias ficam",
diz Rafael de Moura, aluno de
pós-graduação da Unisinos.
A instituição tem ainda Elisa
Petersen e Eduardo Cansi compondo um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) informal antártico. Além do chimarrão de
mão em mão, eles jogam um
truco totalmente diferente do
conhecido no Sudeste.
(EG)
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