São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011

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Espumantes brasileiros têm boa reputação

IGOR OLSZOWSKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os brasileiros estão cada vez mais adeptos às borbulhas. A importação e fabricação de espumantes têm aumentado consideravelmente na última década.
Desde 2001, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), importamos 220% e produzimos cerca de 280% a mais. A versão nacional, cerca 12,5 milhões de litro por ano, é responsável por 75% do mercado interno.
E por mérito. Graças à umidade da serra gaúcha (RS), o espumante brasileiro desenvolveu identidade própria.
Para o presidente da Associação Brasileira de Enologia, Christian Bernardi, a condição climática é essencial para preservar a acidez e o frescor do espumante.
"A produção obedece a um conjunto de fatores favoráveis às uvas brancas. O solo da serra gaúcha e as chuvas propiciam um perfil característico ao produto: mais leve e com aromas frescos", diz.
Tanto os métodos tradicional e charmat são empregados pelas vinícolas. Segundo Bernardi, as principais castas utilizadas para a produção da versão nacional são a chardonnay, a pinotage, a pinot meunier e a pinot noir.
Há também a moscatel, para a versão mais adocicada do espumante, e alguns experimentos com a riesling.
Dona da escola Ciclo das Vinhas, Alexandra Corvo é entusiasta do sabor conferido pelo clima gaúcho. Ela explica que nenhum país do Novo Mundo, principalmente Chile e Argentina, produz com o mesmo nível e a qualidade do Brasil.
"Há cada vez mais consumo e respeito pelos espumantes brasileiros. Ele é bem exótico, perfumado, exuberante, diferente de outros mais tradicionais como o champanhe, mais austero, e o prosecco, mais delicado", diz.


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