São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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banquete de ano-novo

Celebrado nesta semana, o Rosh Hashaná, o novo ano judaico, é a festa da fartura de comida, com mel, chocolate, pão trançado, tâmaras e bolo para evocar um período doce

MARÍLIA MIRAGAIA
DE SÃO PAULO

Nos dias que antecedem o Ano-Novo judaico, o Rosh Hashaná, a cozinha da Casa Zilanna, em Higienópolis, recende a mel e maçã.
Esses são os ingredientes de uma das receitas mais simbólicas dessa comemoração -um bolo, que representa os anseios pela chegada de um ano doce.
A semana anterior à festa -cuja celebração em 2011 começou ontem e termina amanhã- costuma ser atribulada no empório.
O esforço da proprietária, Ana Manoel Gonçalves, 70, que há 40 anos prepara itens para a celebração, começa um mês antes da data e exige a contratação de funcionários para atender à frenética demanda.
Ali são produzidas duas toneladas de vareniques, massa à base de farinha e ovos, que pode ganhar diversos recheios -o mais habitual é o de batata.
Só de bolo de maçã e mel saem 800 unidades. A doçura -assim como a abundância- é marca dessa festa, também alimentada por opções como o pão de mel e a torta com nozes.
No bufê de Mônica Dajcz são seis sobremesas -além de principais-, que têm de ser encomendadas com antecedência.

EMBLEMAS
Outras simbologias marcam a mesa nessa época.
Na casa da chef Andrea Kaufmann, do AK Vila (rua Fradique Coutinho, 1.240, São Paulo), é servida a challah -item quase onipresente nas ceias da data.
Trata-se de um pão judaico trançado em forma de rosca, que faz referência a um ciclo que termina e outro que está começando.
Os alimentos escolhidos podem variar de acordo com a origem da família. Judeus ashkenazi (da Europa central ou oriental) têm o costume de preparar a cabeça do peixe, ligada à fertilidade e à liderança.
Já sefarditas (origem ibérica e de países árabes) utilizam a tâmara para afastar inimigos e maus instintos. Romã, feijão-fradinho e peixe representam a multiplicação nas mesas -que, invariavelmente, são marcadas por fartura e alegria

Fonte: Cecília Ben David, do Centro de Cultura Judaica



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