São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007 |
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Por menos água abaixo Contenção no uso torna descarga de válvula tão econômica quanto a de caixa acoplada
MARIA CAROLINA NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Ao se perguntar o que gasta menos, uma descarga por sistema de caixa acoplada ou elevada ou uma acionada por válvula, quem rema a favor do pensamento dominante não hesitará em responder que é a primeira. Mas poderá dar com os burros n'água: sem dados adicionais, não é possível cravar uma resposta ou condenar a descarga de válvula como a mais beberrona. Segundo engenheiros ouvidos pela Folha, para economizar água, o mais importante é haver harmonia entre os modelos do vaso e da descarga -e, se esta for de válvula, o maior ou menor consumo estará, literalmente, nas mãos do usuário. "Se a bacia precisar de 9 l de água para ter o desempenho total, não vai funcionar direito se a descarga só soltar 6,8 l", explica Levi Garcia, gerente de tecnologia da fabricante Docol. "Isso provocará a necessidade de uma nova descarga e o volume de água utilizado será o dobro", completa o engenheiro Jairo Cukierman, da Asfamas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais e Equipamentos para Saneamento). As bacias foram padronizadas, em 2002, para funcionar com 6,8 lpf (litros por fluxo) de água por acionamento, mas as mais velhas ainda gastam 9 l. Muitas descargas, tanto de válvula como de caixa, também já têm padrão de consumo menor. As mais indicadas são as de acionamento duplo, que gastam apenas 3 l com líquidos -6,8 l são gastos com sólidos. A vantagem da descarga com caixa acoplada ou elevada sobre a maioria dos modelos de válvula é o seu mecanismo contra usuários gastões. "Nas caixas, o volume de água que se vai gastar está limitado naquele espaço", explica Garcia. "Dessa forma, faz-se uma economia." No caso das válvulas em geral, a vazão do insumo será proporcional ao tempo durante o qual forem pressionadas. Quatro segundos "Se é acionada por dez segundos, chega a consumir 15 litros", dimensiona André da Silveira, engenheiro de desenvolvimento de produtos da Astra. O segredo para torná-la econômica, então, é simples. "Basta a pessoa não ficar apertando o dispositivo por muito tempo", sentencia Silveira. "Quatro segundos de pressão são suficientes para limpar o vaso." E já existe no mercado uma válvula com um sistema contra o desperdício, da marca Nova Hydra, da fabricante Deca. "Independentemente do tempo em que é pressionada, a válvula libera até 6,8 l por fluxo, sem opção de descarga mais longa", diz Marco Antonio Milleo, gerente de desenvolvimento e marketing da Deca. Próximo Texto: Por menos água abaixo: Norma dita economia em caixa elevada Índice |
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