São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2005

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DECORAÇÃO MÓVEL

Diferentes luminárias, estampas, tapetes e outros pequenos itens podem mudar aspecto dos cômodos

Luz e acessórios configuram novo espaço

Renato Stockler/Folha Imagem
Nilza Bueno mudou o local do sofá para tornar a sala mais receptiva


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma iluminação diferente, a troca do estampado do antigo sofá ou mesmo o ressurgimento de um velho objeto de decoração que estava há tempos guardado podem ser o jeito mais simples e eficaz de mudar a atmosfera da casa.
Focar a luz de um abajur no teto ou no chão, por exemplo, promove aconchego para leitura ou para uma mesa de jogos. Lâmpadas centrais sobre mesas de jantar, porém, dificultam o improviso.
Decoradores como Fernando Piva, 34, são adeptos da luz indireta, que não "esfria" o ambiente. Ele adaptou em um projeto pequenas luminárias a um trilho que corre dentro de um rebaixado de gesso, no teto, e dá mobilidade aos focos de luz.
A fisioterapeuta e socióloga Nilza de Souza Bueno, 43, apostou na economia e no conforto visual: "Na última reforma, optamos pela iluminação flutuante [com teto rebaixado] porque você escolhe qual área da sala quer iluminar em cada situação".
Apesar de se dizer mais tradicional e rigorosa com as posições dos móveis, ela aprecia pequenas mudanças e insere peças de artesanato brasileiro, livros e aparadores ou petisqueiras na sala.
"Não gostava de ter as costas do meu sofá voltadas para quem entrava na sala. Depois de tentativas e de bastante leitura, descobri que ele deve estar sempre de frente para quem entra; é muito mais receptivo", relata.
A arquiteta de interiores Marília de Campos Veiga, 50, diz que não restringe a mania de mudança do lugar dos móveis a sua própria casa. "Até em hotéis, quando entro no quarto e não gosto da disposição dos móveis, mudo tudo de lugar. Se a iluminação também não me agrada, dou um jeito."
Ela afirma ainda que luz demais tira o aconchego do ambiente, enquanto luz de menos deprime.
Buscar novas soluções em ambientes alheios também é hábito da arquiteta Ana Lúcia Siciliano, 44. "Quando visito um cliente pela primeira vez e encontro alguma coisa que não me agrada, tenho o ímpeto de meter a mão e mudar tudo." Mas ela ressalva que, nesses casos, é importante o respeito pelo gosto do cliente.
"A redecoração para casais é complicada, pois tem de agradar a diferentes pessoas."

Mobília coberta
É possível trocar, sem restrições, capas de almofadas e dar novas cores e tecidos estampados aos sofás, dependendo da época do ano -branco e cores neutras são preferidos para o verão.
As cores das paredes acompanham o movimento dos móveis -tons de azul seguem a cabeceira da cama. Se a preguiça da sujeira das reformas surgir, os papéis de parede são colocados facilmente e podem ser trocados.
E nem só as luminárias ganham trilhos mas também os quadros nas paredes. Eles se movimentam com facilidade e podem ser retirados e substituídos por novas telas.
Os trilhos podem ser comprados em barras de dois metros. Além deles, móveis com rodinhas também possibilitam fácil movimentação de poltronas, mesas de centro, estantes e móveis para TV.
Já os tapetes podem ser deslocados ou escondidos nas épocas mais quentes. Os mais indicados são os sem estampas, que simplificam as combinações com a mobília. Os tapetes persa, além de mais caros, pedem maiores investimentos em acessórios e móveis.
Em cozinhas, costumam ser trocados puxadores, panos de prato e pequenos utensílios -saleiros ou açucareiros. Nos banheiros, o boxe, as toalhas e os espelhos dão nova cara ao banho.
(GIOVANNY GEROLLA)

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