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LEI EMPLACA ENERGIA SOLAR
Consumo chega a duplicar com sistema de placas; energia solar aquece até 70% da água da casa e pede complemento
Cálculo da economia inclui gasto de água
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Além do consumo de energia
elétrica, outras variáveis, como
o gasto de água, devem ser consideradas na hora de optar pelo
aquecimento solar.
Por mais que o sistema seja
bem dimensionado e projetado
com a rede hidráulica, sistemas
que fazem uso de misturadores,
que é o caso do aquecimento
solar ou a gás, acabam tendo
consumo maior do insumo.
"Dependendo do usuário e
do acessório [as duchas com
misturador têm vazão a partir
de 5 ou 6 litros/minuto], o gasto
com água pode ser dobrado, se
comparado ao do chuveiro elétrico [3,5 litros/minuto]", afirma Douglas Messina, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo).
"Na conta de água também
interferem itens como a pressão, a distância do ponto de uso
até o reservatório e os hábitos
do usuário: quantos banhos ele
toma por dia e quanto tempo
cada banho demora."
No caso de aquecedores a gás,
o gasto com a água também deve ser fator de cálculo dos custos mensais. Para quem gasta
pouco tempo no banho e mora
sozinho, o chuveiro elétrico
ainda é mais econômico.
O preço de um aquecedor a
gás de oito litros que gasta, em
potência máxima, 1,27 m3 de
gás/hora, é, em média, de
R$ 360, segundo a Comgás
(Companhia de Gás de São
Paulo; www.comgas.com.br).
Já um chuveiro pode ser
comprado por 10% desse valor,
representando o menor investimento inicial para o banho.
Mas a melhor opção, segundo o pesquisador do IPT, é um
sistema híbrido, ainda em estudo, que pré-aquece a água em
placas coletoras de luz solar.
"Um chuveiro de baixa potência dá o complemento necessário, com pequeno volume
de água e baixo consumo de
eletricidade", prevê.
Faria lembra que, mesmo
nos modelos disponíveis, "o
aquecedor solar nunca é auto-suficiente; ele sempre vai precisar de um apoio". Assim, para
os dias de tempo ruim, há um
complemento elétrico ou a gás.
Segundo o especialista, é exigido que o aquecedor solar
atenda a pelo menos 40% da
demanda de água quente de
uma residência, "podendo, na
melhor das hipóteses [muito
sol e posição ideal das placas],
fornecer 60% ou até 70%".
Marketing
A nova legislação não é o único incentivo para que usuários
e investidores adotem o aquecimento solar. Acreditando no
apelo de marketing do equipamento, o comerciante Luís Nunes, 37, construía dois sobrados
para venda quando resolveu se
antecipar às decisões legais.
"As casas têm dois banheiros
e um lavabo cada uma, e achei
que o aquecedor solar agregaria
valor, pois é um momento em
que se pensa muito na economia de energia elétrica e na
preservação do ambiente", diz.
Ele afirma que instalação,
projeto e compra dos equipamentos encareceram a obra, e o
valor final do imóvel subiu 5%.
"Os tubos são especiais, para
suportarem temperaturas de
até 75C", conta.
"Mas calculo que o comprador da casa fará uma economia
de ao menos 50% nas contas de
energia elétrica", completa.
(GG)
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