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QUAL É O MELHOR TUBO?
PP e PEAD são os mais baratos e saudáveis
Preço do cobre aumentou 71% desde janeiro; ambientalistas contestam PVC por ter componentes tóxicos
Renato Stockler/Folha Imagem
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Termofusor, aparelho usado para fundir peças de polipropileno |
DA REDAÇÃO
Mais baratos, saudáveis e
simples de instalar, tubos de PP
(polipropileno) e de PEAD (polietileno de alta densidade) ganham terreno quando itens como preço e saúde perturbam o
reinado do cobre e do PVC.
O sistema mais usado é o
PVC. "É fácil de instalar", elogia
Fábio Villas Bôas, 48, diretor
técnico da construtora Tecnisa,
que só usa PVC para água fria.
No entanto, ele é muito contestado por ambientalistas devido à toxicidade de alguns
componentes. Um exemplo é a
dioxina: gerada na produção,
provoca disfunções hormonais.
Outro são os sais de chumbo,
usados como estabilizantes. O
relatório "Life Cycle Assessment of PVC and of Principal
Competing Materials" (avaliação do ciclo de vida do PVC e de
concorrentes), elaborado pela
Comissão das Comunidades
Européias, mostra emissão de
0,024 a 0,035 mg de chumbo
por litro de água uma semana
após a instalação do sistema.
O índice cai para até 0,016 mg
após duas semanas e 0,009
após quatro. No entanto, ingerir mais de 0,015 mg/l continuamente causa problemas como retardamento físico e mental em bebês e crianças, além de
transtornos renais e hipertensão, diz a EPA (www.epa.gov),
agência norte-americana de
proteção ambiental.
"Não quer dizer que saiu do
tubo", contesta Miguel Bahiense Neto, 33, diretor-executivo
do Instituto do PVC. "O estabilizante fica preso no polímero,
não tem como migrar."
Em seu lugar, recomenda-se
o PEAD, que também é mais
barato. A instalação é diferente: tubos e conexões são unidos, pressionados e rosqueados. "É fantástico, só
não foi muito popularizado
ainda", avalia Márcio Augusto
Araújo, consultor do Idhea
(Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica), que já trabalhou com o
PEAD em três obras.
Cobre muito caro
Com o preço do metro de tubo de cobre alcançando R$ 15
-o preço do cobre subiu 71%
neste ano-, opções mais baratas, por metro, são o PEAD (R$
1,30), o PP (R$ 5) e o CPVC
(PVC para água quente; R$
11,50). "Trabalhamos com cobre por muitos anos e sua durabilidade é excelente. Mas o preço virou um empecilho, então
passamos a especificar o PP",
relata Carlos Alberto de Moraes Borges, 45, diretor técnico
da construtora Tarjab.
Para ele, outra vantagem do
PP é a facilidade de instalação
-as peças são fundidas após se
aquecerem por alguns segundos. "É fácil. Não dá para errar."
O termofusor pode ser comprado por R$ 200 (a Acqua
System empresta o aparelho
para profissionais).
Já Villas Bôas, da Tecnisa,
prefere o CPVC. "Acho mais fácil para a mão-de-obra, pois a
instalação é igual à do PVC."
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