COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Incomodado com o excesso de ruído em seu apartamento, localizado no 21º andar de um edifício no centro de São Paulo, o bancário Paulino Murilo Filho, 52, investiu em um sistema de isolamento acústico.
Para atenuar o barulho, provocado principalmente pelo excesso de veículos na região, ele substituiu as sete janelas e a porta da sacada por outras com vidros e esquadrias que minimizam a passagem do som.
O investimento do bancário chegou a cerca de R$ 40 mil, incluindo a mão-de-obra.
Mas o gasto compensou, na opinião do morador. "O resultado foi excelente, a qualidade de vida melhora muito. O prédio é antigo, então tinha janelas de madeira que deixavam vazar bastante ruído", diz.
Ele espera que o dinheiro gasto valorize o imóvel: "Será um diferencial se um dia eu quiser vender o apartamento".
Na opinião da arquiteta Rosana Ferrari, presidente do IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) de São Paulo, independentemente de agregar valor ao imóvel, o conforto é o maior retorno desse tipo de instalação.
"Quanto mais a pessoa usufrui desse conforto, o investimento se paga", afirma.
Segundo Edison Claro de Moraes, da Atenua Som, ao contrário do que se possa imaginar, nos andares mais altos o problema de ruído sonoro é maior se comparado ao dos andares inferiores.
Com isso, em regiões de intenso movimento de veículos e cercadas de edifícios, como o centro de São Paulo, a tendência é o ruído se amplificar e chegar com maior intensidade em locais mais elevados.

Ventania
Mas nem sempre o barulho é o maior problema. Para o produtor de vídeo Marcelo Burdman, 45, morador do 15º andar de um edifício, o incômodo era provocado pelo excesso de vento. A solução também veio com a instalação de vidros de isolamento acústico.
"No quarto do meu filho, a esquadria era de alumínio, que deixava passar muito vento. Trocar a janela, além de reduzir bastante o barulho, resolveu o problema", afirma Burdman.
(DEH OLIVEIRA)


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