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Identidade e originalidade nacionais para estrangeiro ver. Esse é o espírito da quinta edição da mostra Brasil Faz Design 2002, que chega ao MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), em São Paulo, após ter passado pela Feira de Design de Milão, em abril.
A proposta da exposição, sob a curadoria de Marili Brandão e Fábio Magalhães, é reforçar a parceria entre design e indústria e levar para a feira internacional um bem-acabado panorama de cem peças que demonstram o que há de brasileiro no desenho de móveis, objetos, luminárias, produtos industriais, acessórios pessoais, gráfica e web design.
É o caso do cinzeiro de silicone Ploft, criação do designer Claudio Brandão, que explora as anatomias humana e dos objetos.
A parceria com a indústria fica evidente no desenvolvimento do ventilador de teto Spirit, da Plajete, desenhado por Guto Índio da Costa, que ficou com o primeiro prêmio de design da Feira Industrial de Hannover (Alemanha).
Outros destaques ficam por conta de móveis feitos de madeira certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council). A mostra também dá espaço a produtos funcionais, como as luminárias de jardim da Spina Iluminação.

O mercado de design
"A parceria com a indústria ainda é pontual, mas tem aumentado", afirma Marili Brandão.
Tudo isso faz parte de uma preocupação estratégica com vistas à exportação, justifica o curador Fábio Magalhães. Na opinião dele, o Brasil está hoje como a Itália dos anos 50. "Temos tudo, mas falta o projeto", explica.
Para ele, a mostra é uma prova de que essa etapa está prestes a acontecer, já que os resultados do investimento em design são claros: pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 500 empresas do país revela que 75% delas aumentaram as vendas em função do uso do design.
(NATHALIA BARBOZA)