São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004

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SONDAGEM DO SOLO

Copiar os vizinhos dá prejuízo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na hora de fazer a sondagem (diagnóstico do solo para definir o tipo de fundação adequado), muitos preferem perguntar ao vizinho que alicerce ele usou a pagar R$ 1.500 pela análise.
Sua opinião, no entanto, nem sempre se sustenta. "O problema é que, na maioria das vezes, o vizinho também não fez a sondagem. Como não dá para confiar, é melhor pagar e garantir", avalia o engenheiro Kurt Amann, coordenador do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI.
A falta de exame técnico do terreno fez história com um edifício paulistano que, em 1938, estava "afundando" e teve seu solo congelado para esperar a importação de macacos hidráulicos que corrigiriam a fundação frágil.
Quem conta o caso é o perito judicial Paulo Grandiski. "Hoje, a falta do reconhecimento do so- lo não faz a casa cair, mas provo- ca fissuras e deformações. Co- mo o solo não é uniforme, e a construção sim, abrem-se trincas nas paredes", revela.
Para ele, não fazer a sondagem é "uma economia besta". Na falta do serviço, não há saída a não ser tentar estimar, para mais ou para menos, a resistência do solo.
"Ao superdimensionar a fundação, gasta-se até 30% a mais de concreto para dar garantias a ela. Em casos de subestimativa, a construção sofre uma intervenção para reforçar a estrutura do alicerce", explica Amann. (AR)


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