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Guerra aos cupins deve começar por "combate aéreo"
Arsenal inclui vela repelente, bacia de água e tela; pimenta, alho e álcool não têm efeito comprovado
DA REPORTAGEM LOCAL
Cortar o mal pela raiz -espantar as aleluias- é a medida
mais simples para se prevenir
contra problemas com cupins.
Velas de citronela (tipo de erva
repelente), por exemplo, são
indicadas para esse fim.
A melhor saída, porém, é apagar as luzes. Se não for possível,
a dica é colocar uma bacia com
água sob a lâmpada -a luz refletida atrai os insetos.
Outra alternativa é instalar
telas, mas lembre-se de que
seus orifícios precisam ter um
milímetro de diâmetro.
A presença de aleluias pode
indicar que já há ninhos de cupins escondidos em casa, mas
elas podem ter vindo da rua pela primeira vez e, nesse caso, só
vão se hospedar na residência
se se acasalarem e encontrarem um cantinho aconchegante para iniciar a colônia.
A espécie inimiga de instrumentos musicais, obras de arte
e móveis é o cupim de madeira
seca. Afeito à aridez, ele habita
madeiras menos resistentes,
como cedro, pinho e eucalipto.
Sua "instalação" só é revelada quando o estrago já está feito, por grânulos que muitos
pensam ser pó de madeira, mas
que, na verdade, são fezes.
"O cupim é asseado, faz galerias só para depositar seus excrementos. Quando estes aparecem, o interior já deve estar
oco", alerta o biólogo Sérgio
Bocalini, 36, da Aprag.
Peças pequenas e médias podem ser tratadas em casa, com
produtos de baixa toxicidade
disponíveis em lojas de materiais de construção.
Pimenta
Na hora de comprá-los, é importante conferir seu registro
no Ministério da Saúde e seguir
as instruções de aplicação. Outra alternativa é recorrer aos
serviços de um restaurador.
A sinfonia de cupins costuma
agir na surdina. Por sua experiência, o músico Henrique Autran Dourado, 53, diz acreditar
que, além de fotofóbicos, eles
sejam antimusicais. "Uma marca de cupim desvaloriza um
instrumento", avalia.
Para proteger os seus, Dourado conta que usa pimenta vermelha. Mas a eficiência dessa
solução caseira, assim como as
de alho, sândalo e álcool, não
tem comprovação científica,
segundo o biólogo Gonzalo Lopez, 49, do IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).
Embora tenha fama de "comer" concreto, o cupim de solo
se alimenta da celulose de madeira, papel e tecido.
Vindo do subsolo, ele chega
ao interior da casa por frestas,
como fissuras na alvenaria,
passagens de cabos e conduítes
e colunas entre vãos. Para dificultar seu acesso aos móveis,
estes devem ficar a ao menos
um palmo da parede.
(DF)
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