São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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CASINHA

Profissionais dão sugestões para evitar sombras e melhorar a visualização de todas as faces das pequenas peças

Luzes e espelhos "ampliam" miniaturas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não basta ter, é preciso destacar. Seguindo essa máxima, os colecionadores de miniaturas se valem de espelhos e de luzes para valorizar suas coleções.
Para que a reunião de peças não vire bagunça, a decoradora Bianka Mugnatto sugere que todas sejam reunidas em um ambiente. A arquiteta Brunete Fraccaroli faz coro e acrescenta que a coleção se descaracteriza se for espalhada.
Também é necessário escolher uma boa iluminação para não deixar as miniaturas na obscuridade. Como os itens são pequenos, sombras podem até mesmo esconder parte da coleção.
O sol também é considerado um inimigo. Além de causar sombras inconvenientes, faz com que, ao longo do tempo, os objetos percam a cor e até a forma. Por isso Fraccaroli recomenda que fiquem instalados atrás de vidros que contem com proteção contra os raios ultravioleta.

Mostrando a cara
Quem gosta de exibir e de apreciar as miniaturas tem o espelho como grande aliado. Colocado atrás dos itens, possibilita a contemplação de todas as suas faces.
Algumas coleções podem ser colocadas na parede, como a de miniespelhos que Heliete Fernandes Woznarowycz, 48, instalou no lavabo de sua casa. Como as peças não podem receber muita luz, ficaram em um local sem incidência de raios solares. "É um espaço sem pessoas procurando apoio na parede, o que pode fazer com que um espelho caia", explica.
Itens pequenos e muitas vezes frágeis exigem alguns cuidados. Mugnatto, que coleciona bicicletas com menos de 20 cm, resolveu colocá-las em caixas de acrílico e fixá-las na parede para ter a coleção protegida e identificada.
Ela cita a coleção de sapatinhos de uma cliente que, por ser delicada, teve de ser arranjada em uma estante fechada.

Peças raras
Segundo colecionadores, ainda não é fácil encontrar miniaturas à venda no país. Em geral, eles costumam adquirir peças quando fazem viagens ao exterior.
A artesã Solange De Cesare, no entanto, ressalta que a qualidade técnica dos profissionais nacionais é muito boa. Para ela, esse quadro tende a mudar, especialmente porque começaram a circular revistas que dão miniaturas como brinde. "Apesar de feitas na China, isso revela que há um bom mercado no país", diz.
A empresária Mila Poci Cabral, 35, dona de uma loja de miniaturas, também sente que, nos últimos três anos, a procura pelas pecinhas aumentou. (DAYANNE MIKEVIS)


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