UOL


São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁREAS EXTERNAS

Sol e chuva empurram madeira para dentro de casa

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se dentro de casa o uso de pisos frios fica restrito a banheiro, cozinha e área de serviço, do lado de fora não tem como fugir: madeiras, carpetes e laminados são, salvo raras exceções, pouco resistentes à ação do sol e da chuva.
E essa não é a única recomendação na hora da compra. Por causa da gordura, é impossível pensar, por exemplo, em churrasqueira com pisos porosos. Pastilhas de vidro ou cerâmicas muito pequenas também devem ser evitadas.
"Não pelo material de que são feitas, mas pela quantidade de rejunte, o que dificulta a limpeza", adverte a arquiteta Ana Limongi.
Bordas de piscina requerem ainda mais cuidados. O uso de piso antiderrapante e refratário é obrigatório. Daí a preferência por materiais porosos e claros, como a pedra mineira, o arenito ou o "solariun" (lajota de concreto que mede cerca de 50 cm x 50 cm).
Nas sacadas, se já existe piso frio no quarto ou na sala e se a intenção for aumentar o tamanho do espaço, o melhor é usar o mesmo tipo de revestimento, cerâmicas, mármores ou pastilhas de vidro, no caso. Assim, cria-se um novo ambiente, que pode servir até como jardim de inverno.
Além das regras básicas, é preciso considerar o estilo da casa. Nas mais simples, os indicados são cimento queimado, cerâmicas rústicas, ladrilho hidráulico e pedras.
Nas sofisticadas, cerâmicas e porcelanatos esmaltados, sempre antiderrapantes. E, nas ainda mais nobres, mármore e granito, que precisam de tratamento impermeabilizante.
"Impermeabilizar uma pedra é um risco", avisa o arquiteto Walter Saad, 43. "O tratamento pode alterar completamente a textura. E só quem decide se vai valer a pena é o cliente, que muitas vezes não abre mão da escolha."

Outros materiais
Há ainda quem opte por colocar peças que antes eram vistas apenas em ambientes comerciais. É o caso dos vidros. Usados, por exemplo, no chão de mezaninos, salas ou quartos, eles são caros (cerca de R$ 350 o mē).
A instalação, claro, depende do tamanho do ambiente, mas não costuma demorar mais de três ou quatro horas. Temperados e laminados, são um sanduíche com recheio de película de plástico.
Segundo o engenheiro Guilherme Cerqueira, da Glaverbel, para que a instalação não tenha problemas, o ideal é que seja feita sobre um contrapiso absolutamente plano ou de estruturas metálicas.
Outra idéia são os pisos metálicos feitos de ferro, aço inox ou alumínio. Adequados para lugares de tráfego intenso, costumam ser extremamente resistentes, sobretudo se bem encaixados sobre base de concreto.
O preço varia de acordo com material e acabamento. Segundo o serralheiro Nildo Pereira dos Santos, 48, o mē do ferro -sem a galvanização para evitar ferrugem- sai por R$ 40. O do alumínio, R$ 70, e do aço inox, R$ 120.
Opção mais barata é o chão de cacos de azulejo. Nesse caso, deve ser antiderrapante e ter a resistência ideal para suportar as necessidades do ambiente.
"É bastante artesanal. Por isso fica em conta", diz o arquiteto Alexandre Loureiro, 41. "E, se a intenção for mesmo um piso barato, vale visitar fábricas e comprar material de refugo. As caixas custam menos de R$ 5." (FM)


Texto Anterior: Instalação lidera ranking de problemas
Próximo Texto: Existem jardins para os sem terra à vista
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.