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Vítima de sequestro, universitário morre durante ação da Rota

Investigação apontará se tiro contra jovem de 23 anos foi dado por criminoso ou PMs

DE SÃO PAULO

Vítima de sequestro relâmpago no caminho para a universidade, um estudante de 23 anos foi morto em um tiroteio entre um criminoso e quatro policiais da Rota, tropa de elite da Polícia Militar paulista.

Márcio Marques Carvalho Alves foi baleado no lado esquerdo do tórax às 21h30 do dia 22, quando a equipe da Rota tentou interceptar o carro de sua família, um Honda Civic preto, no Parque Regina, zona sul de São Paulo.

Alves trabalhava em uma indústria e estudava química na Uniban Brasil no Campo Limpo (zona sul). Na noite em que morreu, Alves saiu de casa com a noiva, a deixou na Faculdade Morumbi Sul e seguiu para a faculdade onde faria uma prova.

No trajeto, o universitário ligou para uma amiga e soube que a avaliação havia sido adiada. O jovem, então, decidiu voltar para casa, mas acabou vítima do sequestro.

Polícia Civil e Corregedoria da PM investigam o crime e aguardam laudo do IC (Instituto de Criminalística) que determinará se o tiro contra o universitário partiu da arma de algum PM da Rota ou do revólver calibre 38 do acusado de mantê-lo refém.

"A única certeza que tenho é que perdi meu filho, que nada o trará de volta. Perdi meu filho numa tragédia, numa imbecilidade sem tamanho", disse o encarregado Antônio Carvalho Alves, 56.

As pistolas.40 de três dos quatro PMs foram apreendidas, assim como o revólver calibre 38 que, segundo os policiais, foi usado por Ladislau Felício Silveira Souza dos Santos, 23, para atirar nos policiais e em Alves.

Os PMs da Rota trocaram tiros duas vezes com Santos. No segundo confronto, Santos foi baleado de raspão no braço e fugiu. Ele foi achado num hospital, acabou preso e reconhecido pelos PMs e por testemunhas que o viram dentro do carro de Alves.

O Comando-Geral da PM informou que "foi instaurado um Inquérito Policial Militar para elucidar o caso e que, pelas características da ocorrência e dos ferimentos em Márcio, há indícios de que a morte foi provocada pelo criminoso, porém, as investigações é que vão concluir em definitivo".

(AC)

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