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Previsões da gestão têm sido superestimadas

DE SÃO PAULO

Ter orçamento de R$ 38,7 bilhões não significa ter R$ 38,7 bilhões para gastar. A gestão Gilberto Kassab (PSD) tem se notabilizado por superestimar a receita. Para 2011, o orçamento é de R$ 35,6 bilhões, mas devem entrar no caixa cerca de R$ 32 bilhões. Em 2009, a diferença foi de R$ 2,5 bilhões. Em 2008, de R$ 1,2 bilhão.

Ao superestimar a receita, Kassab ganha a chance de mexer mais no orçamento sem precisar de autorização dos vereadores.

Por lei, o prefeito pode mexer em até 15% do orçamento por decreto. Quanto maior o orçamento, maior o limite de recursos disponíveis para que, ao longo do ano, ele mude de ideia sobre qual obra será feita.

O orçamento estabelece como e onde pode ser gasto o dinheiro público. Com a flexibilização, o que é aprovado no fim de um ano chega no fim do outro ano totalmente modificado.

Superestimar a receita também tem outro objetivo. Há mais projetos a serem feitos do que dinheiro disponível. Então, aumenta-se artificialmente a receita para que promessas políticas "caibam" no orçamento, ao menos no papel.

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