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Convenção prevê fim de aditivos, diz diretora de ONG

DE BRASÍLIA

Favorável à proposta da Anvisa, Paula Johns, diretora da ONG Aliança de Controle do Tabagismo, diz que Brasil ratificou convenção que proíbe aditivos.

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Folha - Quais os principais argumentos a favor das medidas da Anvisa?

Paula Johns - O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo. Essas são medidas de prevenção ao tabagismo.

Centenas de evidências mostram que aditivos, por exemplo, são para fazer o tabaco mais palatável ao jovem. Ao conquistar o jovem, a indústria garante uma fatia do mercado por muitos anos.

E se essas restrições não forem adotadas?

Abriremos mão de uma prevenção importante.

Além disso, a proibição ao uso de aditivos está prevista na Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, ratificada em 2006 pelo Brasil. Até agora, só foram adotadas medidas em nível estadual. A iniciativa da Anvisa seria a primeira significativa em nível federal.

Como a sra. vê o argumento de perdas dos agricultores?

É uma mentira. O Estado deve investir em políticas de diversificação. O agricultor é dependente do tabaco, assim como o fumante; mas ele tem o potencial de produzir outras coisas.

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