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São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2004

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Baixo índice surpreende pai de Liana Friedenbach

Daniel Guimarães - 22.nov.2003/Folha Imagem
Ari Friedenbach ao lado de Hebe Camargo, em passeata a favor de penas mais rigorosas para menores


DA REPORTAGEM LOCAL

Os números da Coordenadoria de Análise e Planejamento também surpreenderam o advogado Ari Friedenbach, que lidera uma campanha pela punição do infrator independentemente da idade dele desde a morte de sua filha, Liana, 16, assassinada supostamente por um menor de idade. Mas ele, que estimava índices superiores, afirma que as estatísticas têm de ser vistas como um alerta, e não como um alívio.
"Se falarmos de 89 [número de homicídios dolosos com participação de menores até outubro] laranjas, esse número é pequeno. Mas, se falarmos de vidas humanas, esse número é uma aberração." Ele disse que não sabia de nenhum estudo sobre o número de menores de 18 anos autores de assassinatos, mas calculava que o índice chegava a 3%. Levantamento da CAP aponta 1%.
"Os números podem ser usados de várias formas, se é que eles são verdadeiros. O que temos de saber é que o Estado faz em relação aos assassinos desses 89 casos. E o Estado não faz nada", disse.
O governo de São Paulo é contra a redução da maioridade penal, mas um projeto elaborado pela equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tramita no Congresso, estabelece mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A proposta estabelece maior prazo de internação para delitos graves -dos três anos atuais para até dez anos.



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