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Entidade acusaram governo de 'omisso'
DA REDAÇÃO
O caso envolvendo o funcionário da Anistia José Eduardo Bernardes da Silva provocou, ano
passado, inúmeros protestos de
entidades contra o que chamavam de "omissão" do governo,
tanto federal quanto estadual, em
relação aos atentados. Até mesmo
a ONU (Organização das Nações
Unidas) foi acionada, e a Anistia
Internacional chegou a questionar a eficiência das investigações.
Em setembro do ano passado,
após Bernardes da Silva ter dito
que recebera uma bomba caseira
em sua casa e de outro artefato ter
sido enviado ao escritório da Associação da Parada do Orgulho
Gay, nove entidades de defesa dos
direitos humanos e de minorias
encaminharam documento à relatora especial da ONU Asma Jahangir, pedindo que a entidade
pressione o governo brasileiro a
esclarecer os atentados.
De acordo com as entidades, o
governo do Estado estava demorando para identificar os responsáveis pelas bombas e pelas cartas.
O documento relatava justamente
os três casos envolvendo o funcionário da Anistia e dizia que os ativistas de várias entidades -como
as comissões de direitos humanos
da Assembléia e da Câmara Municipal- corriam risco de morte.
A Anistia Internacional chegou,
por meio de um comunicado
mundial, a colocar em dúvida os
recursos da polícia para enfrentar
"as ofensivas terroristas". O promotor Carlos Cardoso, assessor
de Direitos Humanos da Procuradoria Geral de Justiça, declarou
que os crimes de gangues neonazistas vinham sendo tratados de
modo "burocrático".
Também por conta dessas
ameaças a Anistia Internacional
fez uma campanha mundial contra atentados de skinheads em
São Paulo. Um comunicado do
secretariado da entidade, em Londres, foi enviado às sedes nacionais da Anistia, espalhadas pelo
mundo, onde as mensagens foram traduzidas e redistribuídas.
A campanha mundial tinha como objetivo incentivar os militantes de direitos humanos a enviar
cartas de cobrança às autoridades
brasileiras.
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